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"O sangue chama". Coração de Di María pode sobrepor-se à razão, mas Mauro Airez não aconselha regresso a casa

28 mai, 2024 - 18:30 • João Filipe Cruz

Como Dorothy, Di María sonha com a hipótese de voltar a casa, mas o antigo avançado do Benfica alerta que "não é vida" ser obrigado a ter uma equipa de seguranças sempre por perto.

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Não há lugar como a nossa casa, canta Dorothy no filme "O Feiticeiro de Oz", e há outro mago com o lar na cabeça por estes dias. Ángel Di María trava uma dura luta entre o coração e a razão, entre regressar à Argentina e ao Rosario Central, ou continuar em Lisboa e no Benfica. Em declarações a Bola Branca, o compatriota Mauro Airez, há mais de três décadas em Portugal, admite que "o sangue" albiceleste tem peso.

"O coração chama. O sangue chama. O prestígio que teria Di María em terminar onde começou tem uma força muito grande. Temos muitos jogadores que passaram pela Europa e voltaram, como Zanetti ou Batistuta. Mas acredito que o coração chama", admite o antigo avançado de Benfica, Belenenses, Estrela da Amadora e Estoril Praia.

Há quase um ano, "El Fideo" também escolheu com o coração. No entanto, desta vez, o chamamento apela ao regresso a uma casa insegura, como provaram as ameaças deixadas à porta do apartamento do campeão do mundo em Rosario.

Com o cenário da insegurança em cima da mesa, Mauro Airez não tem dúvidas: se Di María pedisse conselhos, o antigo futebolista não o deixariaa seguir o coração.

"Se tivesse de me reger pela insegurança, diria que não. A possibilidade de ter uma equipa de segurança não é vida. Não seria vida não poder disfrutar daquilo que ganhei e andar a ser seguido por seguranças para ter uma vida em condições. Pessoalmente, não voltaria", explica o argentino.

Se o coração acabar por se sobrepor à razão, Mauro Airez deixa o alerta para a "agressividade" do campeonato argentino, mas acredita que Di María ainda fizesse "um ou dois anos" na liga materna e acabasse por se retirar.

Ainda assim, salienta o ex-jogador, a decisão está nas mãos do campeão do mundo. "Tem de tomar a decisão com a família, como Messi fez e acabou por escolher ir para a América", remata.

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