26 set, 2024 - 11:25
As vitórias no relvado surgiram com o regresso de Bruno Lage, mas longe do campo o Benfica continua num alvoroço. Fernando Seara, presidente da Mesa da Assembleia Geral, demitiu-se no fim de semana durante uma reunião magna. Antes disso, em junho, Luís Mendes, vice presidente e administrador da SAD, abandonou a Luz.
Três meses depois, o dirigente decidiu romper o silêncio e deu uma entrevista ao “Record”, onde revelou as razões da saída e deixou umas bicadas a Rui Costa, o presidente.
“Saí em desacordo com o modelo de governance que estava a ser seguido”, explicou o antigo vice presidente ao desportivo. “Gente não executiva a mandar nos destinos do clube é voltar ao tempo dos dinossauros”, diz, referindo-se que essas pessoas trabalham no clube entre as 17h e 19h.
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Questionado sobre o futuro do clube nas eleições, em outubro do próximo ano, Luís Mendes acredita que “Rui Costa perderia contra qualquer candidato”.
E porquê? “Neste momento, não o considero um bom presidente para o Benfica. Tem vindo a demonstrar uma incapacidade muito grande de decisão e isso é fatal.”
Na entrevista ao “Record”, o ex-número 2 confessa ainda que exigiu as saídas de Nuno Costa, chefe de gabinete, e Jaime Antunes, elemento da administração da SAD.
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Questionado sobre se há “vieirismo a mais” no Benfica, numa referência à permanência no clube de elementos da direção de Luís Filipe Vieira, Luís Mendes até admitiu que sim, mas preferiu outros termos.
“O que é isso do vieirismo? Eu ouço, às vezes, falarem no vieirismo e acabo por não conseguir compreender bem aquilo que é”, admitiu.
E acrescentou: “Luís Filipe Vieira fez coisas bem feitas no Benfica, assim como fez coisas mal feitas. A questão aqui, que é importante, são todas aquelas pessoas que transitaram dos mandatos do presidente Luís Filipe Vieira para o presidente Rui Costa. Essas é que são o problema. Isso é aquilo que tem de ser erradicado”.