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Comissão de Instrutores da Liga sugeriu ao Conselho de Disciplina da FPF arquivamento do caso dos e-mails

16 out, 2024 - 18:15 • Inês Braga Sampaio

Fonte do Conselho de Disciplina revela que o órgão federativo rejeitou o arquivamento e determinou diligências adicionais, pelo que o processo continua aberto.

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A Comissão de Instrutores (CI) da Liga de Clubes sugeriu o arquivamento do caso dos "e-mails" ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que aguarda por novas diligências da CI para tomar uma decisão no processo em que são visados Benfica e Vitória de Setúbal.

Em resposta a um pedido de comentário da Renascença, fonte do Conselho de Disciplina afirma que o processo esteve muito perto de ser arquivado por proposta da Comissão de Instrutores da Liga.

O processo foi enviado pelo órgão da Liga a 27 de novembro do ano passado, a cerca de 55 horas da data em que era entendido pela Comissão de Instrutores que ocorria a prescrição do processo disciplinar.

De acordo com o CD, as perto de mil páginas do processo foram analisadas em dois dias pelo órgão federativo, que considerou que não existia prescrição iminente, rejeitou o arquivamento e determinou diligências adicionais, pelo que o processo continua aberto, aguardando pelo seu resultado para que o caso regresse ao Conselho de Disciplina para uma decisão final.

Também questionada pela Renascença, a Liga de Clubes rejeitou comentar o caso dos e-mails.

Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD encarnada, e as Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) de Benfica e Vitória de Setúbal foram acusados no processo do caso dos e-mails e responderão por alegados crimes de corrupção e de fraude fiscal qualificada.

Já Rui Costa, atual presidente das águias, não foi criminalmente responsabilizado pelo Ministério Público (MP), que não conseguiu recolher "qualquer indício" de que o antigo jogador tivesse conhecimento dos alegados atos praticados por Vieira.

Vieira, Gonçalves e as SAD de Benfica e Vitória estão acusadas pelo MP dos alegados crimes de corrupção em concurso com participação económica em negócio e fraude fiscal, devido a uma alegada simulação de compra e venda de jogadores com o suposto objetivo de injetar dinheiro no clube sadino, que atravessava grandes dificuldades financeiras, entre 2016 e 2019.

Alega a acusação que Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves desviaram vários milhões de euros do Benfica, através de negócios fictícios nas transferências de três jogadores brasileiros.

[Notícia atualizada às 18h59]

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