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António Fidalgo

"Não faz sentido que se coloque em causa a continuidade de Fernando Santos"

29 jun, 2021 - 13:15 • João Paulo Ribeiro

António Fidalgo recorda aos críticos que o selecionador nacional tem uma taxa de cerca de 70% de vitórias ao comando de Portugal e que conquistou duas grandes competições.

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António Fidalgo, amigo e antigo adjunto do selecionador nacional, não vê razões para se questionar a continuidade de Fernando Santos.

Alvo de muitas críticas após a eliminação do Euro 2020, em que Portugal assinou a pior prestação de sempre, Fernando Santos, com contrato até 2024, continua a ter a confiança da Federação para permanecer no comando técnico da seleção, pelo menos, até ao Mundial 2022.

"Não faz sentido que se coloque em causa a continuidade do Fernando Santos. Principalmente depois da forma inglória como saímos do Europeu e de uma derrota ingrata diante da Bélgica. Toda a gente é livre de ter a sua opinião, mas muitas críticas parecem-me pouco sustentadas", diz o antigo guarda-redes, em entrevista a Bola Branca.

Parte das críticas a Fernando Santos focam-se no facto de, em três Europeus e Mundiais, ter vencido apenas três jogos nos 90 minutos. António Fidalgo, também ex-comentador da Renascença, recorda que o selecionador nacional tem saldo positivo ao comando de Portugal:

"Nos 60 jogos oficiais que Fernando Santos esteve no comando da seleção, conseguiu cerca 70% de vitórias, 25% de empates e menos de 10% de derrotas desde 2014. Daí a minha surpresa por estas críticas."

Mensagem que não terá chegado aos jogadores


António Fidalgo contraria a tese de que houve culpa de Fernando Santos por Portugal não ter conseguido evitar a "chave difícil" do Euro e o jogo com a Bélgica nos oitavos de final, que acabaria por ditar a eliminação.

Críticas referentes aos últimos minutos da partida com a França, a última da fase de grupos, que Portugal empatou por 2-2. Vencendo esse jogo, a seleção nacional teria ficado no primeiro lugar do grupo F.

"Nos minutos finais desse jogo e depois de ter falado com alguém da sua estrutura técnica, Fernando Santos terá sabido o resultado do Alemanha-Hungria. Ele tentou, de forma constante, que a equipa subisse e fosse à procura da vitória, gesticulando bastante. A mensagem não terá chegado lá dentro ou os jogadores já estariam demasiado fatigados para atacarem ainda mais. Foi isso que eu vi", assinala António Fidalgo.

Comentários
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  • Mário Cruz
    30 jun, 2021 Portimão 16:43
    Fernando Santos tal como os selecionadores da França e Alemanha e o actual treinador do Benfica estão completamente ultrapassados em relação ao futebol hoje praticado nalguns clubes com treinadores mais jovens. O futebol moderno para além de uma boa técnica dos jogadores exige muita velocidade de pernas e pensamento. O estudo da geometria é fundamental - se podemos chegar com a bola a um determinado local com um simples passe porque é que utilizamos dois passes e dois jogadores para lá chegar? A triangulação é muito utilizada no futebol mas em excesso. Os jogadores não podem ficar à espera que a bola lhes chegue aos pés; devem procurar os espaços vazios entre adversários para receberem a bola dos colegas mais atrasados. Devem ser evitadas correrias com a bola nos pés, privilegiando trocas de bola rápidas ao primeiro toque. A procura da bola deve ser feita por desmarcação ou por antecipação. Para uma equipa ser completa tem que ter mais do que um rematador de meia distância . Poderia dizer muito mais sobre o assunto mas resolvi apontar apenas aquilo que a seleção não tem nem nunca fará enquanto o Sr Engenheiro continuar à frente dela.
  • Vitor Fontes
    30 jun, 2021 Vila Real 06:34
    Com este treinador metemos nojo a jogar com pena minha pois temos tudo para jogar futebol a sério.
  • Petervlg
    29 jun, 2021 Trofa 13:24
    Fernando Santos é apenas o melhor selecionador, que alguma vez tivemos.
  • Ultrapassado
    29 jun, 2021 Teve a sua época 12:58
    Para si, agarrado ao passado, talvez não. Mas para os que vêm o naipe de jogadores de eleição que a Seleção agora tem, já não faz sentido um jogo medroso, de defesa e contenção, mais preocupado em "ter bola" que atacar a baliza adversária. Houve uma altura para jogar assim. Agora, já não. E é evidente, que pese embora o bom trabalho feito por Fernando Santos até aqui, ele não consegue jogar doutra forma nem "reinventar-se". Não querem "ondas" antes das eliminatórias do Mundial, mas nada perdem em começar a procurar uma alternativa de comando.

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