05 jun, 2024 - 12:15 • João Filipe Cruz
Alegria e magia. Dois ingredientes que Francisco Conceição traz ao jogo e que foram evidentes na estreia a titular pela seleção conta a Finlândia, em Alvalade. Em declarações a Bola Branca, Manuel Tulipa, o primeiro técnico do extremo no Olival, sublinha que "foi outra vez dos jogadores mais importantes da equipa".
Na ressaca de uma saída atribulada do pai e antigo treinador do FC Porto, Francisco mostrou estar à altura de vestir a camisola da seleção portuguesa no Campeonato da Europa, no entender do ex-técnico do Torreense.
"Num momento complicado, para ele e para a família, é demonstrativo que todo este ruído não o afetou e revela uma maturidade muito grande. Estamos a falar de um jogador de 2002, com pouca idade, que se torna fiável e maduro para representar Portugal numa competição tão importante", vinca Tulipa.
O extremo de 21 anos foi orientado por Manuel Tulipa nos juvenis e juniores dos 'dragões' e o técnico vê progressão no "espalha-brasas", como o apelidou Roberto Martinez.
"Consegue ser mais consistente nas ações individuais. Fixa muitos adversários na sua proximidade e, com isso, consegue libertar espaço para outros jogadores. Tornou-se mais altruísta, é um jogador influente e também melhorou muito a nível defensivo".
Com duas assistências e um penalti conquistado, Chico Conceição "traz uma alegria e uma magia diferentes ao jogo". Ou seja, "olhamos para o Francisco e parece aquele jogador de rua que víamos há 30 ou 40 anos", acrescenta Tulipa a Bola Branca.
"As ações do Francisco acabam por ter um protagonismo muito grande porque consegue sair facilmente dos opositores, aproxima-se com muita facilidade da área e tornou-se mais altruísta."
Já sobre o papel do filho de Sérgio Conceição na seleção, Tulipa não arrisca e entende que "depende muito das características do adversário". Este treinador vê muitas opções na lista de convocados, como Bernardo Silva e Rafael Leão, "que também jogam por fora" e, no final, vai depender "da decisão do treinador".