21 out, 2020 - 11:05 • Gastão Costa Nunes (entrevista), Inês Braga Sampaio (texto)
O presidente do Turismo do Algarve mostra-se pouco preocupado com a redução do número de espectadores para o Grande Prémio de Fórmula 1, dado que o impacto vai muito para além do público.
Em entrevista à Renascença, João Fernandes dá o exemplo dos milhares de elementos associados às várias equipas e à prova, que deixarão a sua pegada económica em Portimão e na região.
"Só nas equipas de Fórmula 1, nas 11 equipas, estamos já a contabilizar cerce de 3.300 pessoas que estão no território, com alto poder aquisitivo, com estadia prolongada. Além de inúmeros jornalistas, como elementos da organização que vêm de outros países", exemplifica o presidente do Turismo do Algarve.
Piloto da mercedes igualou o recorde de 91 vitória(...)
Não é só a nível de bilheteira que se esperam lucros com a aterragem da Fórmula 1 em Portimão. Aliás, a grande aposta é outra:
"Ao nível do consumo, falo do alojamento, das deslocações. Um dos impactos esperados é nas 'rent-a-car'. Gastos com alimentação e bebidas. As zonas de restauração serão beneficiadas."
João Fernandes assinala que "foi sempre considerado", quer pelo Autódromo Internacional, quer pelo Turismo do Algarve e outros parceiros, que a lotação seria condicionada, devido à pandemia da Covid-19. Assim foi, por imposição da Direção-Geral de Saúde.
O número de espetadores foi reduzido para 27.500, dos 46 mil bilhetes inicialmente colocados à venda, e foi abolido o peão (lugares em pé).
Tendo em conta as circunstâncias, "mais de 60% dos espectadores" serão portugueses, ainda que haja a registar "procura interessante" de países como Reino Unido, Alemanha, França e Espanha.