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Fórmula 1. Pilotos queixam-se de cheiro a canábis e falta de aderência em Las Vegas

22 nov, 2024 - 21:45 • João Pedro Quesado

"Se fizerem testes anti-doping aos pilotos agora, temos todos positivo", disse Franco Colapinto aos jornalistas sul-americanos. Mercedes foi a mais rápida do primeiro dia, com temperaturas a rondar os 5 graus.

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Não foram só as temperaturas baixas e a pista com falta de aderência a incomodar os pilotos de Fórmula 1 no primeiro dia do Grande Prémio de Las Vegas, que decorre este fim de semana. Sérgio Pérez e Franco Colapinto queixaram-se do cheiro a canábis em toda a pista.

Na entrevista aos jornalistas sul-americanos após a segunda sessão de treinos livres, Pérez, da Red Bull, declarou que "o que se nota muito em todo o circuito é o cheiro a marijuana durante toda a noite".

"Já estou um pouco cansado, é inacreditável a quantidade", reforçou o mexicano da Red Bull. "É algo de que tenho a certeza que todos os pilotos vão falar", disse, referindo-se à habitual reunião entre pilotos e os responsáveis da Federação Internacional do Automóvel (FIA) na sexta-feira à noite. A reunião é dirigida pelo diretor de corrida, que a partir deste GP é o português Rui Marques.

Franco Colapinto, o jovem piloto da Williams cujas performances ainda podem mexer no mercado de pilotos, foi de seguida questionado pelos mesmos jornalistas, e teve uma resposta menos planeada enquanto admitia que também sentiu o cheiro da droga recreativa.

"Se fizerem testes anti-doping aos pilotos agora, temos todos positivo", brincou o argentino. A canábis é legal para uso recreativo no Nevada desde 1 de janeiro de 2017.

A grande maioria dos pilotos queixou-se de dificuldades em aquecer os pneus para obter a aderência necessária para uma volta rápida à pista no centro da cidade de Las Vegas. Um dos fatores do Grande Prémio, que acontece durante a noite, são as temperaturas baixas, ao redor dos 5 graus Celsius, além de um asfalto sujo pelo trânsito do dia-a-dia na cidade mais conhecida do estado do Nevada.

Os traços do Mercedes, que este ano marca a diferença por ser mais agressivo com os pneus (o que resulta num desgaste mais rápido), deram a Lewis Hamilton a possibilidade de ser o mais rápido nas duas sessões de treinos livres. Mas a performance deixou a equipa confusa e a "coçar a cabeça", como disse George Russell.

As temperaturas baixas afetaram todas as outras equipas, e podem levar os pilotos a realizar mais do que uma volta de preparação dos pneus durante a qualificação - procurando aquecer os pneus da frente o suficiente, mas sem sobreaquecer os pneus traseiros.

Os pilotos da Ferrari queixaram-se de dificuldades em aquecer os pneus para voltas rápidas, mas mostraram-se algo otimistas com o andamento em condições de corrida, apontando para a necessidade de alguns ajustes na afinação do carro.

Já Lando Norris, da McLaren, queixou-se de um andamento de corrida "chocante", e sugeriu que conseguia guiar um carro convencional mais rápido do que o seu carro de corrida.

Entre as quatro equipas que já venceram corridas este ano, a Red Bull foi a que saiu de sexta-feira na pior posição - o provável campeão de 2024, Max Verstappen, foi o 17º mais rápido na segunda sessão de treinos, com Pérez a ficar dois lugares atrás. Além das dificuldades com a temperatura da pista, a equipa queixa-se de ter levado uma asa traseira com demasiado arrasto aerodinâmico para a pista de Las Vegas - predominantemente de alta velocidade, com algumas secções de curvas lentas.

A vantagem que a Mercedes mostrou nesta sexta-feira pode desaparecer, à medida que a pista fica mais limpa, com mais borracha em pista e, por isso, mais rápida e amigável para os carros das outras equipas. Mas tudo depende dos ajustes realizados esta noite nas afinações dos carros.

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