15 dez, 2024 - 00:56 • João Pedro Quesado
A McLaren vai pagar mais de 5,8 milhões de euros à Federação Internacional do Automóvel (FIA) pela inscrição na temporada de 2025 da Fórmula 1. A equipa, campeã de construtores em 2024, vê o custo da inscrição mais do que duplicar face à última temporada, em linha com o aumento de pontos marcados em 2023.
A formação de Woking - que venceu o primeiro título de equipas desde 1998, e pela primeira vez com os carros vestidos de laranja-papaia - vai pagar à FIA 5.823.108,93 euros para poder competir na temporada de 2025. A performance de 2023 significou que o direito de participação na época de 2024 ficou por apenas 1,9 milhões, quando marcou apenas 302 pontos face aos 666 de 2024.
O aumento é, claro, compensado pelo crescimento do prémio monetário, oriundo das receitas de direitos comerciais, por ser a equipa campeã - em 2023, as receitas comerciais da F1 foram de cerca de 3 mil milhões de euros, com cerca de metade a ser destinado aos pagamentos às equipas. Conforme a divisão proporcional do prémio monetário, a McLaren deverá receber mais de 130 milhões de euros em 2025 (relativos a 2024).
O custo da inscrição das equipas numa temporada depende da performance na época anterior. Cada equipa paga uma taxa base de quase 650 mil euros - 647.519,25 euros, mais precisamente -, à qual é acrescentado um pagamento por cada ponto conquistado: enquanto a equipa campeã paga 7.768,86 euros por cada ponto, todas as outras pagam 6.472,31 euros por ponto marcado.
Como os 666 pontos da McLaren ficam longe dos 860 marcados pela Red Bull na dominante temporada de 2023, o valor fica aquém dos mais de 7 milhões de euros pagos pela equipa de Max Verstappen para correr em 2024. A inscrição em 2025 vai custar à Red Bull 4,4 milhões de euros.
13 pontos atrás da McLaren no campeonato, a Ferrari paga quase menos 1 milhão de euros de inscrição que os campeões. Mas o custo também cresce para Maranello, em cerca de 1,7 milhões de euros - algo também compensado pelo aumento do prémio monetário a receber, que deverá ficar perto dos 125 milhões de euros - sem contar com o direito exclusivo a 5% das receitas comerciais da F1 que a Ferrari detém.
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A inscrição da Mercedes vai custar mais de 3,6 milhões de euros à equipa sediada em Brackley. A seguir vem a Aston Martin, que paga 1,2 milhões de euros depois de uma temporada em que não foi ao pódio e sofreu dificuldades.
A Alpine e a Haas são as únicas outras equipas a pagar mais de 1 milhão de euros à FIA pela inscrição. RB, Williams e Sauber ficam abaixo desse patamar - a Sauber, que esteve quase toda a temporada sem marcar pontos, paga quase só a taxa base.
Ao todo, as inscrições na F1 em 2025 vão render à Federação Internacional do Automóvel mais de 24,5 milhões de euros.
A divulgação da lista de inscritos na F1 para a próxima temporada confirmou que a segunda equipa da Red Bull vai voltar a mudar de nome em 2025. Conhecida como RB em 2024 - depois de ser AlphaTauri desde 2020 e Toro Rosso desde 2006 -, o nome vai ser ajustado para Racing Bulls.
A Racing Bulls é, também, a única equipa que ainda só inscreveu um piloto, Yuki Tsunoda, devido à falta de confirmação sobre o destino de Sergio Pérez - inscrito na Red Bull para 2025, mas provavelmente a caminho de uma reforma forçada depois do mau desempenho de 2024. Caso a Red Bull rescinda com Pérez, não se sabe se o substituto será Tsunoda ou Liam Lawson, mas a ficha de inscrição vai aumentar a especulação de que será o neozelandês a ser escolhido nessa eventualidade.
A lista confirma ainda os números que os quatro estreantes vão usar. Gabriel Bortoleto, brasileiro campeão de Fórmula 2 e piloto da Sauber, vai usar o número 5, utilizado por Sebastian Vettel até 2022, e tornado famoso por Nigel Mansell na Williams. Jack Doohan, da Alpine, vai usar o número 7, o escolhido por Kimi Räikkönen até 2021.
O novo Kimi, de apelido Antonelli, vai correr com o número 12 pela Mercedes - um número utilizado pela última vez por Felipe Nasr, em 2016. Já Oliver Bearman, o jovem piloto que substituiu Sainz na Ferrari e Magnussen na Haas por uma corrida cada, escolheu o número 87, que foi usado pela última vez nas 500 Milhas de Indianápolis de 1959 (quando a corrida norte-americana fazia parte do campeonato de F1).