05 jul, 2024 - 10:25 • Redação
Esta sexta-feira joga-se aquele que será um dos jogos cartazes deste Europeu de futebol: Espanha-Alemanha. São duas seleções que têm marcado os últimos anos do futebol europeu e mundial.
É uma reedição da final do Euro 2008, jogada em Viena.
Essa geração espanhola marcou quatro anos de grande sucesso, com triunfos em dois Europeus e um Mundial. De um lado, Luis Aragonés, do outro Joachim Low, dois treinadores que conquistaram títulos pelas suas respetivas seleções.
Luís Aragonés marcou o início de uma série vitoriosa da 'roja'. Era uma equipa composta por Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Xavi, Iniesta, Fàbregas ou Fernando Torres.
Este último foi quem decidiu a final jogada no Ernst-Happel-Stadion ao marcar o único golo do jogo, aos 33 minutos, e, em declarações à UEFA após o jogo, admitiu que foram os justos vencedores.
"Fez-se justiça, porque a equipa que jogou melhor, a que foi melhor ao longo do torneio, sagrou-se campeã", afirmou.
Fernando Torres, que nessa época se tinha estreado pelos ingleses do Liverpool marcando um total de 33 golos contribuiu com dois golos no Europeu que a Espanha venceu, os mesmos que Guiza e menos dois que David Villa, na altura no Valência.
Xavi Hernández, uma das grandes referências desta seleção, em entrevista à UEFA, afirmou que Aragonés transformou a mentalidade da equipa.
"O Luís foi o ponto de viragem. Nós apostamos nos jogadores de pequena estatura, como o Iniesta, o Cazorla, o Fàbregas, o David Silva e o David Villa. Talvez seja uma palavra usada em demasia no mundo do futebol, mas a verdade é que o futebol que jogámos para alcançar o título em 2008 era perfeito", disse o antigo número oito seleção espanhola.
Antes de um Barcelona inovador, sem Guardiola e sem dominar a Europa e a Espanha, esta seleção espanhola mudou a maneira de os adeptos verem o jogo. Com um 4-3-3 com apenas um avançado, Torres, esta seleção jogava com cinco médios, Xavi, Marcos Senna, David Silva, Iniesta e Fabregas, acompanhados por Casillas, Marchena, Puyol, Capdevilla e Sérgio Ramos.
Com vitórias sobre a Rússia, por duas vezes, no primeiro jogo e na meia-final, contra a Suécia, a Grécia e nos “oitavos” sobre a então campeã do mundo, Itália.
Este Europeu que decorreu na Suiça e na Áustria teve algumas situações caricatas. Foi o caso da opinião do selecionador espanhol sobre o segundo equipamento da sua seleção. “Não gosto desta cor, mas desde que eu não tenha de a usar está tudo bem. De qualquer forma, não é amarelo, mas sim cor de mostarda”, declarou Aragonés.