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Beckenbauer suspeito de corrupção na atribuição do Mundial 2018 à Rússia

30 out, 2019 - 17:55 • Lusa

Alemão terá pedido três milhões de euros e mais um milhão e meio em caso de sucesso.

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O voto do alemão Franz Beckenbauer na FIFA para a eleição da sede do Mundial 2018 terá sido oferecido à Rússia por três milhões de euros, acrescido de 1,5 milhões em caso de sucesso, refere esta quarta-feira a revista “Der Spiegel”.

A oferta do voto no Comité Executivo da FIFA terá sido feita por um consultor de Franz Beckenbaur, Fedor Radmann, e a revista semanal alemã refere que alguns e-mail referentes ao caso foram publicados na plataforma russa “The Insider”.

Num desses e-mail, prossegue o “Der Spiegel”, citado pela “EFE”, um membro do comité da candidatura russa que viria a receber o Mundial 2018, Alexander Dschordschadse, relata uma suposta mudança de posição de Franz Beckenbauer após alguns contactos.

"Antes apoiava a candidatura inglesa. Mas, depois de contactos com consultores da candidatura australiana, recebemos a informação de que o FB [Beckenbauer] estava disposto a apoiar a candidatura russa", refere Alexander Dschordschadse no e-mail.

Durante uma reunião em Moscovo com representantes da candidatura russa, refere ainda a revista alemã, o assessor de Franz Beckenbauer, Fedor Radmann, ofereceu o seu voto no Comité Executivo da FIFA em troca de uma "verba bastante generosa".

A eleição da Rússia para sede do Mundial 2018 foi realizada em 2010. Em 2012, Franz Beckenbauer assinou um contrato como embaixador desportivo de um consórcio russo de gás. Franz Beckenbauer, histórico futebolista alemão intimamente ligado ao Bayern de Munique, já havia sido confrontado por supostas irregularidades durante o seu cargo de presidente do comité organizador do Mundial 2006, na Alemanha.

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