23 mar, 2020 - 12:46 • Pedro Azevedo
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Bruno Alves aceita o corte salarial que tem sido noticiado pela imprensa italiana, de acordo com o plano que os clubes preparam para fazer face ao rombo económico causado pelo novo coronavírus. Não pagamento dos ordenados de Março, Abril e Maio e corte em 30% dos vencimentos dos jogadores são medidas drásticas que estão em cima da mesa.
O internacional português aceita ajustes caso o campeonato não chegue ao fim, mas a haver cortes sugere que haja reduções nos preços dos bens essenciais.
“Essas questões da redução salarial são assuntos muito sensíveis. Se não terminar o campeonato concordo com um ajuste. Mas penso que se houver reduções salariais por não podermos jogar terão de haver regras para tudo o que está à nossa volta. Não podem reduzir os salários aos jogadores e continuarem na mesma os alimentos, as rendas, os impostos. Temos que implementar as regras no geral. Tem que haver justiça”, reforça, em declarações a Bola Branca.
Bruno Alves não quer ver dado aos jogadores um tratamento de exceção e se o campeonato italiano chegar ao fim, acha injusto haver cortes salariais.
“Os jogadores de futebol fazem parte da sociedade e é assim que tem que funcionar. Se tudo se resolver e o campeonato continuar, penso que não deverão haver reduções. Se o campeonato não continuar e decidirem reduzir os salários, terão de reduzir tudo à nossa volta porque as contas para pagar são as mesmas. Mas a redução salarial não é o mais importante. O mais importante é preservarmos a nossa saúde”, sublinha.
Pandemia
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Com o drama que se vive em Itália, não é possível prever uma data para retomar a liga italiana. Faltam 12 jornadas para terminar a competição. Bruno Alves não tem qualquer ideia sobre o futuro da prova na época em curso.
“Não sei se o campeonato vai terminar, mas acredito que sim. Esperamos que esta situação da pandemia comece a diminuir para haver uma previsão de quando o campeonato vai retomar. Mas penso que o campeonato terá de chegar ao fim para se saber quem será o campeão e quem desce de divisão. Se esta situação se resolver o quanto antes, e as coisas voltarem à normalidade, o campeonato vai terminar. Se não terminar terão de declarar que a Liga termina como está neste momento. Mas não sou eu que faço as regras e tem que haver bom senso para tomar as decisões da melhor maneira”, refere o jogador português do Parma
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