09 mai, 2020 - 23:45 • Lusa
O presidente do Lyon, Jean Michel Aulas, diz que a Liga dos Campeões de futebol regressa em 7 de agosto, com o jogo da segunda mão entre os franceses e os italianos da Juventus, do português Cristiano Ronaldo.
Jean Michel Aulas lamentou a "desvantagem" das equipas francesas nas provas da UEFA, depois de a liga gaulesa ter dado a época por concluída, devido à pandemia de Covid-19, com 10 jornadas por disputar e com o título entregue ao Paris Saint-Germain.
O Lyon, do guarda-redes português Anthony Lopes, terminou o campeonato gaulês em sétimo lugar, com 40 pontos, a 28 do então líder Paris Saint-Germain (), e fora dos lugares que dão acesso às provas europeias em 2020/21.
"O jogo com a Juventus está marcado para 07 de agosto, em Turim, à porta fechada. Se nada mudar, Lyon e o Paris Saint-Germain [os dois representantes franceses na Liga dos Campeões], podem ser massacrados por rivais que terão uma preparação que nós não temos", disse Aulas numa entrevista à RTL.
O Lyon venceu por 1-0 a Juventus na primeira mão e discute em Turim a passagem aos quartos de final da prova (sendo uma das quatro eliminatórias ainda em aberto), que registam já a presença de Paris Saint Germain, Atlético de Madrid, Leipzig e Atalanta.
O presidente do Lyon voltou a lamentar a suspensão do campeonato francês, considerando que a decisão, ao contrário dos procedimentos de outros países, foi "prematura e não totalmente legal".
"Esta crise significa perdas de 900 milhões de euros para o futebol francês nesta temporada. E isso pode marcar-nos para a vida toda. Na Europa somos uma exceção. Não sei quem pode sobreviver", enfatizou.
O campeonato francês de futebol, tal como o holandês, foi cancelado, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição e à conclusão das provas, suspensas desde março devido à Covid-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 276 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.