20 abr, 2021 - 22:58 • Redação
O Arsenal, Liverpool, Tottenham e Manchester United anunciaram, em comunicado, que se juntam ao Manchester City na lista de equipas que deixou o projeto da Superliga Europeia. Resta apenas o Chelsea oficializar a saída, o que deverá ser uma questão de horas segundo a imprensa inglesa.
Os "gunners" pedem mesmo desculpa por terem integrado o projeto: "Nunca foi nossa intenção de causar esta discórdia, não queríamos ficar para trás quando surgiu o convite e a nossa intenção era assegurar o futuro do Arsenal. Depois de ouvirmos os adeptos e a comunidade do futebol, decidimos retirar o Arsenal da proposta Superliga Europeia. Cometemos um erro e pedimos desculpa".
O clube reconhece que "demorará tempo a restaurar a confiança dos adeptos". "Temos de trabalhar juntos para encontrar soluções que assegurem o futuro do desporto".
Já o Liverpool emitiu um breve comunicado: "O Liverpool confirma que descontinuou a sua participação na Superliga Europeia. Nos últimos dias, o clube recebeu várias opiniões dos seus acionistas e queremos agradecer-lhes pelas suas contribuições".
O presidente do Tottenham, Daniel Levy, diz que "arrepende-se da ansiedade que a proposta trouxe". "Sentimos que era importante que o Tottenham participasse no desenvolvimento de uma nova estrutura que trouxesse maior sustentabilidade financeira e continuar a dar apoio à pirâmide do futebol".
O Manchester United, com uma nota mais breve, revela que "ouviu com atenção os seus adeptos, acionistas, o governo britânico e que vai continuar a trabalhar para desenvolver soluções para a sustentabilidade financeira do desporto".
Assim sendo, O Arsenal, Liverpool, Tottenham e Manchester United juntam-se ao Manchester City no lote de equipas que já desistiram da Superliga Europeia. De acordo com a imprensa inglesa, o Chelsea vai também seguir pelo mesmo caminho.
Em causa esteve a enorme pressão por parte dos adeptos, jogadores e treinadores, que se mostraram contra a ideia da prova que prevê uma competição com lugar cativo para 15 clubes, sem despromoções, com interesses financeiros como principal motivação.
A reação negativa à escala global à notícia da cri(...)
Desde domingo que as reações têm surgido em grande número por parte de jogadores, antigos atletas, e até treinadores dos clubes que integram o projeto, como Jurgen Klopp e Pep Guardiola. Ontem, os protestos começaram em Elland Road, no jogo entre Leeds e Liverpool e prolongaram-se nesta terça-feira.
Centenas de adeptos do Chelsea estiveram em Stamford Bridge, antes do jogo com o Brighton, com a lenda do clube e atual diretor técnico, Petr Cech, a tentar acalmar os adeptos e a pedir tempo para resolverem a situação.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Real Madrid anunciaram no domingo a criação da Superliga Europeia. O objetivo dos 12 clubes fundadores é começar o mais rapidamente possível, com um total de 20 emblemas — 15 cativos e cinco rotativos.
Os 12 clubes referidos pretendem acrescentar outros três ao lote de lugares cativos na competição. O FC Porto recebeu contactos informais para integrar a Superliga Europeia, mas o presidente do clube português, Pinto da Costa, esclareceu que rejeitou o convite, por considerar que a nova competição viola as normas da UEFA e da União Europeia.
UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias.