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Para que não restem dúvidas, "Bayern diz não à Superliga Europeia"

20 abr, 2021 - 15:09 • Redação

Os campeões alemães não só recusam participar, como rejeitam a validade da prova criada por uma pequena elite.

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O Bayern Munique confirmou, esta terça-feira, que não participará na Superliga Europeia e que está contra a concretização da competição.

"Os nossos sócios e adeptos rejeitam uma Superliga. (...) Como FC Bayern, é nosso desejo e objetivo que os clubes europeus vivam a maravilhosa e emocionante competição que é a Liga dos Campeões, e se desenvolvam em conjunto com a UEFA. O Bayern diz não à Superliga", declarou o presidente do clube, Herbert Hainer, citado em comunicado oficial.

O CEO do clube, Karl-Heinz Rummenigge, também fez questão de "deixar explicitamente claro que o FC Bayern não participará na Superliga".

"O FC Bayern coloca-se em solidariedade com a Bundesliga. Sempre foi e é um enorme prazer para nós poder jogar e representar a Alemanha na Liga dos Campeões. Todos nos lembramos com carinho da nossa conquista da Liga dos Campeões em Lisboa em 2020 — ninguém se esquece de um momento tão feliz. Para o FC Bayern, a Liga dos Campeões é a melhor competição de clubes do mundo", frisou o antigo jogador.

Superliga gera controvérsia

No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga Europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição será disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores — três ainda estão por revelar — e outros cinco qualificados anualmente. O FC Porto confirmou que recebeu contactos informais para integrar a Superliga Europeia, contudo, o presidente do clube português, Pinto da Costa, esclareceu que rejeitou o convite, por considerar que a nova competição viola as normas da UEFA e da União Europeia.

UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. Portugal tem um total de 11 jogadores nesta situação: João Félix (Atlético de Madrid), Francisco Trincão (Barcelona), Diogo Dalot e Rafael Leão (AC Milan), Cristiano Ronaldo (Juventus), João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva (Manchester City), Bruno Fernandes (Manchester United), Diogo Jota (Liverpool) e Cédric Soares (Arsenal) são os jogadores que integram os 12 clubes fundadores. Só Leão e Dalot não somam internacionalizações pela seleção AA.

A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias. Chelsea, Manchester City e Real Madrid estão nas meias-finais da Champions. Arsenal e Manchester United são semifinalistas da Liga Europa.

Esta terça-feira, o presidente da FIFA ameaçou a exclusão dos clubes que decidam participar na Superliga Europeia. "Se alguém quer seguir o seu caminho, então terá de arcar com as consequências. Serão responsáveis pelas suas escolhas. Mas, ou estão dentro ou estão fora. Não podemos estar metade dentro e metade fora", sublinhou Gianni Infantino.

O presidente da UEFA deixou um apelo aos clubes fundadores da prova. “Senhores, cometeram um enorme erro. Alguns dizem que é ganância, outros desdenha, arrogância. Ainda vão a tempo para mudarem de opinião. Todos cometem erros”, destacou Aleksander Ceferin.

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