27 mai, 2021 - 15:32 • Lusa
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal avançou, esta quinta-feira, que a taxa de ocupação hoteleira ronda os 76% graças à final da Liga dos Campeões no Porto, mostrando-se "muito confiante" com o plano de contingência delineado.
"A taxa de ocupação, neste momento, dos hotéis que estão abertos, está em cerca de 76% e muito devido a este fenómeno da "Champions League"", adiantou Luís Pedro Martins, em entrevista à agência Lusa, no âmbito da final da prova que vai ser disputada por Manchester City e Chelsea, no próximo sábado.
Luís Pedro Martins está satisfeito pelo facto de o mercado britânico poder viajar e pernoitar na cidade do Porto fora da "bolha" dos adeptos dos clubes, explicando que esse facto vai ter impacto direto na economia, designadamente na restauração, animação turística, comércio e transportes.
Questionado sobre a confiança que tem no plano de contingência gizado para o jogo de futebol em contexto de pandemia da covid-19 e que está a trazer milhares de adeptos ao Porto, o presidente da TPNP declarou que está "muito confiante" com o plano e com o trabalho que está a ser feito entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), UEFA, autoridades portuguesas e autarquia local.
LIGA DOS CAMPEÕES
Presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria, (...)
"Estou muito confiante nas autoridades. Acho que tiveram todas tempo para perceber os riscos que significava receber esta final [da Liga dos Campeões]. Julgo que também tivemos tempo para aprender com erros recentes, relacionados diretamente com o fenómeno do futebol, e julgo que a cidade está preparada".
A 13 de maio, Luís Pedro Martins apelava, em declarações à Lusa, às autoridades para uma "vigilância ativa" nos ajuntamentos relacionados com esta final da Liga dos Campeões.
Luís Pedro Martins indicou que o plano de contingência, que foi criado pela FPF, em articulação com o Estádio do Dragão e outras instituições e prestadores de serviços à prova, "terá de ser escrupulosamente cumprido" de acordo com as leis portuguesas.
"As autoridades também estarão aqui para as fazer cumprir", sustentou.
Este plano da FPF para a circulação e contenção de adeptos do Manchester City e do Chelsea está complementado com o plano de contingência covid-19 do Estádio do Dragão e com as estruturas e empresas públicas e privadas que prestam serviços, como, por exemplo, os autocarros para transportar os adeptos.
O presidente da TPNP explicou que os dois espaços "fan zone" (Aliados e Alfândega) destinados aos adeptos das equipas inglesas vão ter, cada um, capacidade máxima para seis mil pessoas, e vão ser vigiados por agentes da PSP, Polícia Municipal e segurança privada.
PSP deu parecer, mas os locais das "fanzones" aind(...)
Para entrar nos espaços é preciso ter bilhete e um comprovativo de teste à covid-19 negativo, que depois é "trocado por uma pulseira pessoal e intransmissível, e que será a mesma pulseira para apresentar à entrada do Estádio do Dragão", explicou o presidente da TPNP.
Os dois locais vão também estar abertos a adeptos que tenham entrado em Portugal por outras vias - que não os voos exclusivos -, desde que cumpram as condições de acesso, ou seja, ter bilhete e teste negativo à covid-19.
No interior dos dois pontos de encontro haverá serviços de testagem à covid-19 para o caso de o adepto ter perdido o atestado do seu teste. O uso de máscara é obrigatório e ambos as "fan zone" vão ter instalações sanitárias, serviços de restauração, sala de isolamento e serviço de primeiros socorros e emergência.
A final da edição de 2020/21 da Liga dos Campeões vai ser disputada pelos ingleses Manchester City e Chelsea no próximo sábado, a partir das 20 horas, no Estádio do Dragão.
O Porto "foi escolhido para substituir Istambul, no seguimento das dificuldades intransponíveis de viagens dos adeptos ingleses, tendo em conta que a Turquia integra a "lista vermelha" do Reino Unido", referiu a UEFA para justificar a alteração do "palco" da final da "Champions", motivada pela pandemia de covid-19.