02 mar, 2022 - 11:34 • Redação
Os jogadores e treinadores estrangeiros do Shakhtar Donetsk já foram retirados de solo ucraniano e estão em segurança. Mas os momentos que viveram em Kiev, de medo, incerteza e insegurança, com a aproximação das tropas russas e o escalar do conflito perto da capital ucraniana, jamais serão esquecidos.
A preocupação imedita foi procurar ajuda e uma solução para retirar atletas, técnicos e as suas famílias da Ucrânia. O processo foi conduzido por Darijo Srna, antigo capitão do Shakhtar e atual diretor desportivo do clube. As respostas, recorda, foram todas muito vagas, com exceção, destaca, da a UEFA e das embaixadas de Portugal e Israel.
"Quando escutei a primeira sirene, voltei automaticamente 25 ou 30 anos, para a guerra dos Balcãs. Éramos umas 50 pessoas no hotel: todos os brasileiros com suas famílias, a equipa técnica de De Zerbi e três croatas. Exceto as embaixadas de Israel e Portugal, ninguém propôs nada de concreto. Os jogadores estavam desesperados e não sabiam o que fazer", revela o croata, em entrevista ao jornal esloveno "Delo".
Srna conta que a situação acabou por ser resolvida, após um telefonema ao presidente da UEFA.
"Liguei para o senhor Ceferín e chorei por telefone. Não podia ver os jogadores e suas famílias indefesas e a chorar. O que ele fez por nós foi sua maior vitória. É um grande homem e o maior embaixador do futebol. Os brasileiros e os italianos já estão em casa", diz o dirigente do Shakhtar.
Vitalii Sapylo estava na frente de combate e Dmytr(...)
Edgar Cardoso, treinador da formação do clube de Donetsk, Paulo Fonseca, antigo treinador do clube e que estava em Kiev com a família, e Nelson Monte, jogador do Dnipro, estão já em Portugal, depois de também terem sido retirados da Ucrânia.