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José Mourinho vive história de amor com a Roma

03 jun, 2022 - 12:57 • Redação

O treinador português perde mais vezes na Roma do que perderia noutros sítios, não tem uma bolsa sem fundo como teria noutros sítios, mas é naquele sítio que quer estar.

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Mural de José Mourinho em Roma, da autoria de Harry Greb Foto: Riccardo Antimiani/EPA
Mural de José Mourinho em Roma, da autoria de Harry Greb Foto: Riccardo Antimiani/EPA
Foto: Massimo Percossi/EPA
Foto: Massimo Percossi/EPA

José Mourinho está feliz, adora estar em Roma, gosta de ali estar. É uma relação forte e talvez mais forte porque ambos, Mourinho e Roma, não prometem nada ao outro que não possam cumprir.

"Adoro estar lá. Adoro porque me adoram e porque estabeleci uma relação de grande empatia com quem está no clube. A vida é curta e temos de nos sentir o melhor possível. Sinto-me bem ali, ninguém me levou ao engano. Tudo o que me prometeram foi cumprido. Espero que nos próximos dois anos [duração do contrato] tudo continue a ser cumprido", deseja o treinador português.

Mesmo sabendo que tem de ser mais regrado, mesmo sabendo que o percurso será sempre mais difícil do que noutros sítios, é ali que quer estar.

"Obviamente que não adoro quando perco e ali perco mais vezes do que noutros sítios. Não adoro agora, quando comçeça o mercado, saber que não posso ir à Avenida da Liberdade [às compras]. Tenho de ir outros sítios. Estou ali porque gosto", repete, admitindo que, por exemplo, no Chelsea bastava estalar os dedos para ver um desejo cumprido.

Tudo em Roma é conquistado à base de mais Mourinho e Mourinho está bem assim. Está mais para outros, "menos egocêntrico", diz numa introspeção rápida que justifica a forma como expôs ao mundo a emoção por conquistar a Conference League.

"A maneira como festejei tem um só fundamento: não sou aquilo que era. Não sou um jovem preocupado com o seu crescimento, com a sua ascensão. Transformei-me numa pessoa muito menos egocêntrica. Estar num clube que não tem história de vitória, com adeptos incrivelmente apaixonados, mas sem história de vitória, e sentir, ao longo do ano, algo mais do que um sonho, não sei se obsessão, fez-me sentir como nunca", revela, numa legenda do título que colocou no museu do clube.

O caminho, prevê, é de evolução, mas Mourinho não aponta a um objetivo, a uma Roma campeã de Itália, a uma Roma a vencer a Liga dos Campeões. Roma não se fez num dia e ele quer "evolução". Quer ver as promessas a continuarem a ser cumpridas e a ver os outros, os que ganham mais vezes, cada vez mais perto de si.

Na sua primeira época na Roma, Mourinho venceu a Conference League e terminou o campeonato no 6.º lugar. O treinador está de férias e esteve em Lisboa, esta sexta-feira, a lecionar uma aula na Faculdade de Motricidade Humana.

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