04 out, 2022 - 15:32 • Lusa com Redação
O governo de Espanha manifestou esta terça-feira o seu "apoio" à inclusão da Ucrânia na candidatura conjunta ibérica à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030, acreditando que o desporto e a paz devem estar sempre juntos.
"É claro que o governo apoiaria a inclusão da Ucrânia na candidatura ibérica por um motivo: vincular o desporto à paz é sempre uma boa notícia", justificou a porta-voz do Executivo, Isabel Rodríguez.
O jornal inglês "The Times" noticiou segunda-feira que os governos de Portugal e Espanha já tinham dado o seu acordo à inclusão da Ucrânia na proposta, o mesmo acontecendo com o seu presidente, Volodymyr Zelensky. A informação foi confirmada pela Renascença.
Na quarta-feira, na sede da UEFA, em Nyon, Suíça, os presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), respetivamente Fernando Gomes e Luis Rubiales, vão promover uma conferência de imprensa para falar do tema.
A Ucrânia organizou, em parceria com a Polónia, o Euro2012, tendo ainda albergado a final da Liga dos Campeões de 2018, no Estádio Olímpico de Kiev.
Jornal "The Times" garante que inclusão da Ucrânia(...)
A publicação britânica indica que o país de Leste receberia alguns desafios da fase de grupos, facto que poderia ser uma ajuda na recuperação de infraestruturas no período pós-guerra.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.996 civis mortos e 8.848 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.