22 nov, 2022 - 20:38 • Redação
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Jan Vertonghen, internacional belga que passou pelo Benfica, tem medo de falar publicamente sobre os atropelos aos direitos humanos no Qatar e, por consequência, ficar sem jogar no Mundial 2022.
Esta terça-feira, em conferência de imprensa, o central e capitão da Bélgica reconhece que os jogadores se sentem controlados.
"Receio que, se disser alguma coisa sobre isto, talvez não possa jogar amanhã [quarta-feira]. Nunca experienciei isto antes no futebol e espero nunca mais experienciar, porque não é bom. Estamos a ser controlados. Não gosto de fazer declarações políticas, mas até tenho medo de dizer alguma coisa sobre isto. Estamos apenas a dizer coisas normais, como 'não ao racismo e à discriminação', e nem isso podemos dizer", conta.
Mundial
Helle Thorning-Schmidt assistiu ao Dinamarca-Tunís(...)
O Qatar tem tentado limitar as manifestações sociais durante o Mundial e proibiu que os capitães utilizassem as braçadeiras "One Love" ("um amor"), uma mensagem de apoio para a comunidade LGBTQ+, e tem proibido adeptos e jornalistas de usar roupas com o mesmo símbolo.
Vertonghen explica que, neste momento, quem marcar posição e envergar a braçadeira arco-íris estará a prejudicar-se a si mesmo:
"É melhor eu não dizer nada sobre isso, porque posso ser punido e não ter permissão para entrar em campo. Acho que isto diz o suficiente."
A Bélgica estreia-se no Mundial com o Canadá, na quarta-feira, às 19h00.