29 nov, 2022 - 22:55 • Redação
Carlos Queiroz queixou-se de ameaças, pressões, "patetices" e mentiras após a eliminação do Irão do Mundial 2022.
A equipa asiática perdeu com os Estados Unidos, por 1-0, na última jornada da fase de grupos e falhou o apuramento inédito para os oitavos de final. No final da partida, o treinador português queixou-se de que "vivemos num mundo que está cheio de idiotices, patetices, mentiras".
"É o vale tudo. Houve ameaças no Instagram, que nos matam e nos esfolam, essas são as verdadeiras perturbações. Não foi bonito. Foram imensas as histórias e pressões que os jogadores receberam de todas as formas, mas o que tenho a dizer é que graças ao trabalho, à união e às explicações os jogadores voltaram às suas raízes e perceberam quem são os seus amigos e para quem é que jogam. Deram uma boa resposta dentro do campo e honraram a camisola do país", enalteceu.
Carlos Queiroz disse que estas últimas semanas "foram muito difíceis para os jogadores" do Irão, devido à pressão a que estavam sujeitos, e lamentou "as envolvências que o futebol traz" hoje em dia.
"Antigamente, quando chegávamos ao Campeonato do Mundo, tínhamos todos a cabeça viradas para a festa. Agora, só se fala dos direitos humanos. São temas sérios e que merecem todo o respeito, mas bastava dizermos, como dissemos uma vez que, somos solidários", frisou.
O Irão teria seguido em frente, pela primeira vez na história, se tivesse empatado com os EUA. No entanto, perdeu pela margem mínima.
"O empate seria o resultado justo, mas isso da justiça não existe no futebol. A realidade é esta. Parabéns aos Estados Unidos e desejo-lhes a melhor das sortes", disse Carlos Queiroz.
O técnico português voltou a deixar elogios aos seus jogadores: "Em toda a minha carreira já treinei em muitos sítios, desde a China aos Estados Unidos da América, e que nunca na vida vi jogadores que dessem tanto e recebessem tão pouco. Merecem todos o meu respeito e a minha admiração."