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Mundial feminino

Haverá campeã do mundo inédita. Espanha e Suécia marcam duelo nas "meias"

11 ago, 2023 - 10:37 • Inês Braga Sampaio

Uma final antecipada depois de outras duas: as espanholas eliminaram os Países Baixos e as suecas o Japão, o último campeão que ainda estava em prova no Mundial feminino.

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Mariona e Salma marcaram os golos da Espanha. Foto: How Hwee Young/EPA
Mariona e Salma marcaram os golos da Espanha. Foto: How Hwee Young/EPA
Angeldal decidiu desde a marca dos 11 metros. Foto: Brett Phibbs/EPA
Angeldal decidiu desde a marca dos 11 metros. Foto: Brett Phibbs/EPA

Cai o último campeão do mundo, o Japão, o que significa que a seleção que erguer o troféu do Mundial feminino 2023 ganhará a sua primeira estrela. Espanha e Suécia marcaram encontro nas meias-finais, esta sexta-feira, depois de terem eliminado, ambas com vitórias por 2-1, Países Baixos e Japão, respetivamente, nos quartos de final.

Bem de madrugada, a Espanha muito desperdiçou na primeira parte e, quando eram os Países Baixos que estavam por cima, aos 81 minutos, foi assinalada grande penalidade para as ibéricas, por mão na bola de Stefanie van der Gragt. Chamada a cobrar, Mariona Caldentey não falhou.

As neerlandesas foram com tudo para o ataque, em busca do golo do empate, e Van der Gragt até passou do centro da defesa para a frente do ataque. Foi, precisamente, a central que, aos 91 minutos, redimiu-se com um golo ao ponta de lança: desmarcação, receção orientada e remate cruzado à malha contrária da baliza. Estava reposta a igualdade.

O jogo foi para prolongamento, com os Países Baixos com ascendente claro, contudo, Lineth Beerensteyn desperdiçou duas oportunidades de golo em frente à baliza. A Espanha agradeceu e, no contragolpe, Jenni Hermoso lançou a recém-entrada Salma Paralluelo e a velocista (escolheu o futebol em detrimento de uma carreira no atletismo), de 19 anos, virou a marcadora do avesso e atirou para o golo da vitória.

Suécia contém reação do Japão


Já a horas razoáveis para a população europeia - a FIFA marcou o primeiro jogo para as 2h00, hora amiga de quem vive do outro lado do Atlântico, por acreditar que os Estados Unidos venceriam o grupo de Portugal, o que não se verificou -, mais uma final antecipada, esta ante o Japão, campeão do mundo em 2011 e finalista vencido em 2015, e a Suécia, que acabara de eliminar os EUA, bicampeões em título.

A jornalista de futebol feminino sueca Mia Eriksson previra, no podcast da Renascença "Olhá Bola, Maria", que a Suécia apostaria no jogo aéreo, uma das (poucas) debilidades do Japão, e isso confirmou-se. Contudo, curiosamente, o primeiro golo não surgiu de um cabeceamento.

Livre para a área aos 32 minutos, o Japão não conseguiu afastar e, num ressalto, a central Amanda Ilestedt, que já leva quatro golos (três deles de cabeça), atirou lá para dentro. As japonesas mostravam grandes dificuldades para inverter o rumo e, aos 52 minutos, o videoábitro descortinou a favor da Suécia, por mão na bola de Fuka Nagano num cruzamento. Da marca dos 11 metros, Filippa Angeldal não vacilou.

Aos 77 minutos, quando o Japão forçava em busca do golo, mais um penálti, este a favor das asiáticas, por derrube a Riko Ueki. Porém, na cobrança, a própria Ueki atirou à barra. Minutos depois, nova infelicidade das japonesas, que viram um livre direto de Aoba Fujino esbarrar na trave, ressaltar na cabeça e depois nas costas da guarda-redes da Suécia, Zecira Musovic, e bater no poste, antes de saltar para longe.

Na insistência, todavia, após uma jogada bem trabalhada pelo Japão, Kiko Seike tirou uma adversária da frente e cruzou para Ueki. Magdalena Eriksson esticou-se toda para tirar o pão da boca à número 9, mas o corte saiu curto e Honoka Hayashi caçou a ressaca para fazer o 2-1.

O relógio marcava os 87 minutos, o que dava tempo ao Japão de ir em busca do empate, e os dez minutos de descontos, logo depois, eram encorajadores, contudo, a Suécia conseguiu estabilizar e não permitiu mais veleidades. Assim, o último campeão do mundo em prova caiu.

Fica, então, marcada meia-final entre Espanha e Suécia, para terça-feira, às 9h00, em Auckland, na Nova Zelândia. As ibéricas são estreantes em fase tão adiantada do Mundial e podem gabar-se de terem deixado para trás a finalista vencida da última edição. Já as nórdicas levam o "boost" anímico de terem eliminado os dois últimos campeões do mundo.

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