Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Luis Rubiales recusa demitir-se. "Foi um beijo consentido"

25 ago, 2023 - 11:12 • Redação

Presidente da Federação Espanhola de Futebol garante que não deixa o cargo após a polémica com o beijo dado a Jenni Hermoso e critica "falso feminismo". "Vou lutar até ao final", garante.

A+ / A-
Cinco vezes, bem alto: "Não me vou demitir". Rubiales não sai e promete agir nos tribunais
Cinco vezes, bem alto: "Não me vou demitir". Rubiales não sai e promete agir nos tribunais

O presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, não se demite após a polémica do beijo a Jenni Hermoso, que classificou como "consentido e mútuo", criticou o "falso feminismo" e promete agir judicialmente para quem o acusou de violência sexual.

Em declarações na assembleia geral extraordinária da RFEF - na qual era esperado uma demissão do dirigente, segundo garantiram fontes federativas à EFE -, Rubiales pediu desculpa, mas lamentou as críticas.

"Quero pedir desculpa pelo que aconteceu no palco, mas estão a criar um discurso falso e transformá-lo em verdade. Mais do que um beijo, foi um 'beijinho', um que poderia dar à minha filha, por exemplo. Foi um beijo espontâneo, mútuo, eufórico e consentido, que é a chave de todas as críticas. Dizem que foi sem consentimento, mas é falso", diz.

Rubiales garantiu que não sai: "Acham que tenho de me demitir? Não me vou demitir. Um beijo consensual para me tirarem aqui? Vou lutar até ao final", disse, com voz elevada e repetindo a frase várias vezes.

O dirigente explicou o momento do beijo a Hermoso, que considera ter sido consensual.

"Quando ela me apareceu, pegou-me ao colo. Disse-lhe para esquecer o penálti que falhou e que sem ela não teríamos vencido. Ela disse que eu era um craque, eu perguntei "um beijo?", ela disse que sim. Ela foi embora a rir-se. Esta foi a sequência", explica.

Rubiales não compreende a atitude da vencedora do Mundial nos dias que se seguiram ao momento e diz ser vítima de uma tentativa de "assassinato social".

"Segue-se um silêncio da jogadora, há todas estas pressões e há um comunicado que não compreendo. Não se trata de fazer justiça, está-se a fazer um assassinato social. Estão a matar-me. Há que fazer uma reflexão para onde estamos a ir", diz.

"Há cinco anos que me atacam", lamenta Rubiales, que critica o que considera ser um "falso feminismo".

"A igualdade não é diferenciar o que diz o homem e a mulher, é diferenciar entre a verdade e a mentira. Estou a dizer a verdade. Isto é ser feminista, não o falso feminismo que há por aí, que não procura a justiça nem a verdade. Estão a preparar uma execução para depois dizerem que estamos a avançar no país. Que pensarão as mulheres que terão sido realmente agredidas sexualmente? Vim-me defender. Vou para os tribunais contra estas pessoas que me acusaram", anuncia.

Mundial 2030 é "possibilidade muito grande"

A Espanha já apresentado a proposta para organizar o Mundial 2030, num projeto em conjunto com Portugal, Marrocos e Ucrânia. No discurso, Rubiales agradeceu a Fernando Gomes, sem explicar o motivo.

"Temos a possibilidade muito grande de organizar o Mundial. Quero agradecer ao Fernando Gomes, da Federação Portuguesa, e ao senhor Fouzi, da Federação de Marrocos. Temos a situação da Ucrânia para ver, mas temos uma possibilidade muito grande de trazer o Mundial para Espanha, criar postos de trabalho e trazer riqueza ao nosso país. Mas humildemente digo que é algo que terei de ver", atira.

[Atualizado às 11h50]

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Digo
    25 ago, 2023 Eu 13:41
    À parte os casos verdadeiros, há por aí muitas oportunistas a deitar poeira para os olhos e a aproveitarem-se o mais que podem seja para obter dinheiro seja para facilitar progressões na carreira ou mesmo para saltar para cargos de chefia a que doutro modo demorariam anos a atingir ou nunca lá chegariam. Está mal. E faz com que se lance a suspeição sobre algumas verdadeiras vítimas. Tem de se distinguir o trigo do joio e não desatar a gritar "assédio" por tudo e por nada.

Destaques V+