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Espanha já falou com FIFA e reafirma desejo de organizar Mundial 2030

29 ago, 2023 - 16:55 • Lusa

Portugal e Marrocos também estão na candidatura conjunta. Chamado “caso Rubiales” pode atrapalhar candidatura.

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O governo de Espanha garante a defesa da imagem do futebol espanhol, no âmbito do “caso Rubiales”, e revela que já contactou a FIFA por causa da candidatura à organização, com Portugal e Marrocos, do Mundial 2030.

"Estamos a defender a imagem do desporto e, em particular, do futebol espanhol a nível internacional. Vamos ser absolutamente beligerantes. Já estabelecemos os pertinentes contactos com a FIFA porque temos pendente uma candidatura para a celebração em Espanha, juntamente com Portugal, do campeonato mundial de futebol de 2030. Não o vamos largar", disse o ministro da Cultura e Desporto, Miquel Iceta, numa conferência e imprensa em Madrid.

Miquel Iceta respondia a perguntas dos jornalistas, no final da reunião do conselho de ministros de Espanha, sobre a polémica em torno do presidente da federação de futebol, Luis Rubiales, suspenso pela FIFA por 90 dias por causa de um beijo na boca de uma jogadora da seleção espanhola.

O ministro reiterou a condenação a Rubiales, tanto pelo beijo a Jenni Hermoso como pelo comportamento do presidente da federação na bancada do estádio de Sydney, na Austrália, em 20 de agosto, durante a final do campeonato do mundo de futebol feminino, que Espanha venceu.

Miquel Iceta disse ainda que o governo espanhol tomou até agora todas as iniciativas que a lei lhe permite para afastar Luis Rubiales da federação, entre elas, uma queixa ao Tribunal Administrativo do Desporto (TAD).

A comissão de presidentes das federações de futebol das comunidades autónomas de Espanha exigiu, na segunda-feira, que Luis Rubiales se demita da presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) de "forma imediata", condenando os "inaceitáveis comportamentos que prejudicaram gravemente a imagem do futebol espanhol".

Os presidentes das federações regionais exigiram ainda "uma profunda restruturação orgânica nos cargos estratégicos da RFEF" e comprometeram-se com "as políticas de igualdade para o desenvolvimento do futebol feminino".

Após os acontecimentos em Sydney, seguiram-se inúmeras críticas a Rubiales, tendo a jogadora Jenni Hermoso afirmado que não tinha consentido o beijo, ao contrário daquilo que garante o presidente da federação.

Rubilaes disse na sexta-feira que não iria abandonar o cargo, o que provocou um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltar a representar Espanha, enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.

No sábado, a FIFA anunciou a suspensão de Rubiales do cargo por 90 dias, e 11 membros da equipa técnica do selecionador, Jorge Vila, apresentaram a demissão. Por seu lado, o técnico condenou o "comportamento impróprio" do presidente da RFEF.

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