28 set, 2023 - 09:58
A internacional francesa Kadidiatou Diani interpôs uma queixa por agressão sexual contra o seu ex-treinador no Paris Saint-Germain, Didier Ollé-Nicolle, segundo avança o jornal francês "Le Parisien".
As alegações, formalizadas em queixa-crime no final de junho, remontam a 2021, quando Ollé-Nicolle treinava a agora jogadora do Lyon no PSG.
Diani queixa-se de alegados "gestos impróprios" em mais do que uma ocasião da temporada 2021/22, em que foi orientada por Ollé-Nicole.
"Como muitas vítimas de abuso sexual, a primeira escolha é o silêncio. Por isso, tivemos de encorajar a liberdade de expressão e dar à minha cliente o tempo necessário para levar a sua voz à justiça", afirmou a advogada da avançada, Sandrine Pégand, em declarações à imprensa francesa.
Didier Ollé-Nicolle nega todas as acusações, segundo o "L'Équipe".
Esta não é a primeira vez que Ollé-Nicolle é acusado de comportamentos impróprios com as suas jogadoras. Já em 2022 tinha sido aberto e fechado, sem que fosse a julgamento, um caso de assédio, também sobre o tempo do técnico no PSG.
O PSG é terreno fértil em casos. Também na época 2021/22, a média internacional francesa Kheira Hamraoui - que este verão se mudou para o América, do México - foi agredida por um grupo de indivíduos após um jantar de equipa.
As investigações levaram a polícia à colega de equipa e seleção Aminata Diallo, num caso com vários volte-faces e que chegou, até, a lançar suspeitas sobre Éric Abidal e a ex-mulher, devido a um suposto relacionamento amoroso entre o antigo futebolista e Hamraoui em Barcelona.
Diallo foi detida, depois libertada, e finalmente detida uma segunda vez, em que foi acusada de engendrar o ataque a Hamraoui, violentamente agredida com barras de metal por homens mascarados. Neste momento, aguarda julgamento.
Um caso que poderá, até, estar ligado ao de Kadidiatou Diani.
Segundo a defesa de Didier Ollé-Nicolle, Diani é namorada de César Mavacala, indiciado por extorsão e crime organizado num caso paralelo ao de Hamraoui e Diallo.
Aliás, de acordo com um relatório de setembro de 2022, a polícia judiciária parisiense acredita que Mavacala tem tentado explorar "supostos gestos impróprios" de Ollé-Nicole para com uma jogadora mais jovens do plantel "para criar um escândalo mediático em torno do PSG" e, assim, "impor à força" decisões desportivas e a renovação dos contratos de jogadoras cujos interesses defende.
Um dos elementos que ajudaram, segundo a imprensa francesa, a deter Diallo pela segunda vez foi uma alegada troca de mensagens com Mavacala.
César Mavacala é representado pela mesma advogada que Kadidiatou Diani.