20 dez, 2023 - 12:45 • Rui Viegas
"A FIFA faz o que bem entende". Esta é a reação de Manuel José às mudanças impostas pelo organismo que tutela o futebol no globo e que vão estender o Mundial de Clubes a 32 equipas a partir de 2025.
O treinador português que mais vezes disputou a prova não duvida, ainda, que as equipas portuguesas vão encontrar, com este novo formato, mais dificuldades em impor-se neste Campeonato do Mundo.
"Estas são competições de elite. A FIFA é um organismo de elite e, como não tem que prestar contas a ninguém, faz o que bem entende. Ao nível da distribuição de receitas também. De quatro em quatro anos, torna-se mais difícil para as equipas portuguesas. O acesso fica mais difícil para o mundial de clubes e para a Champions", considera Manuel José, em entrevista a Bola Branca.
O treinador concorda que um Mundial de Clubes jogado no verão acarreta dificuldades e exemplifica com o atual torneio e com o Fluminense, que neste momento não está a competir.
"O Fluminense jogava a dez à hora e os outros a 50. Notou-se essa diferença com o Al Ahly", refere, recordando que também na sua altura a "diferença horária tinha um peso muito grande".
A FIFA confirmou, no domingo, que FC Porto e Benfica estão entre os participantes do Mundial de Clubes de 2025. Os detalhes da primeira edição do novo formato da competição foram aprovados durante o Conselho da FIFA na Arábia Saudita, com dragões e águias entre os oito participantes da UEFA já confirmados.
A prova vai decorrer entre 15 de junho e 13 de julho de 2025 nos Estados Unidos e, como estava previsto, terá 32 clubes divididos em oito grupos de quatro equipas na primeira fase, com os dois primeiros de cada grupo a seguir para os oitavos de final.
Porto e Benfica estão entre os 12 representantes da Europa, tendo já garantido vaga através do coeficiente da UEFA.