22 ago, 2024 - 13:00 • Hugo Tavares da Silva
‘Svennis’ percebeu o encanto das táticas de futebol quando o patrão da padaria onde ele trabalhava na adolescência se punha a desenhá-las no chão com farinha. Uns anos antes, no Mundial de 1958 na Suécia, o adolescente tragou o gracioso futebol de outro adolescente. “Queríamos ser todos o Pelé…”
Avançando os muitos e dourados e não tão dourados frames deste filme, entre pedidos à mulher para ir espiar equipas da 3.ª divisão e muitos troféus pela Europa fora, Sven-Göran Eriksson anunciou em janeiro que tinha um cancro e que talvez lhe restasse apenas um ano de vida.
Depois da digressão por alguns estádios que marcaram a sua carreira, entre eles o Estádio da Luz, segue-se um documentário, “Sven”, na Amazon Prime Video. O diário inglês “Mirror” resgatou algumas confissões e reflexões do sueco.
Benfica
Do futebol amador sueco, enquanto trabalhava como (...)
“Todos tememos o dia da nossa morte, mas a vida também é morte”, diz a certa altura. “Há que aprender a aceitá-la tal e qual como é. Com sorte, no fim de tudo, as pessoas vão dizer ‘sim, era um bom homem’, mas nem todo o mundo o dirá.”
E acrescentou: “Espero que me lembrem como um tipo positivo que tentava fazer tudo o que podia. Não lamentem, sorriam. Obrigado por tudo, treinadores, jogadores, público. Foi fantástico. Cuida-te e cuida a tua vida. E vive-a. Adeus”.
Sven-Göran Eriksson tem 76 anos e o último trabalho remonta a 2019, quando fechou a carreira como selecionador das Filipinas. O treinador sueco teve duas passagens por Portugal, sempre pelo Benfica, entre 1982 e 1984 e 1989 e 1992.