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"A Liga é só uma". Feirense opõe-se a fim prematuro da II Liga

29 abr, 2020 - 11:10 • Redação

O administrador da SAD do Feirense, Miguel Fernandes, antecipa-se à possibilidade de ser decidido o fim antecipado da II Liga, devido à pandemia de Covid-19. O clube está na terceira posição do campeonato, a seis pontos do segundo lugar, que dá acesso à I Liga.

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O administrador da SAD do Feirense reage por antecipação à possibilidade de Federação e Liga Portugal decidirem pelo fim antecipado da II Liga, com promoção automática de Nacional e Farense, clubes que ocupavam, à data da suspensão do futebol, as posições de subida.

Miguel Fernandes sublinha que "a Liga é só uma", reclamando, implicitamente, que a decisão aplicada à I Liga seja idêntica para o segundo escalão. O futuro da época 2019/20 deverá começar a ser conhecido a partir de quinta-feira. Foi essa a indicação dada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, após reunião com o primeiro-ministro. A imprensa desportiva, no entanto, aponta o cenário de conclusão das dez jornadas do escalão principal e fim imediato da II Liga.

A SAD do Feirense espera que fatores económicos estejam a condicionar essa decisão: "Querem acabar agora com a II Liga para poupar dinheiro? Uma decisão destas fere a verdade desportiva e ainda mais se houver subidas na secretaria, pois entendemos que, se existirem condições para se jogar na I Liga, também haverá para se jogar na II Liga. A Federação ou a Liga poderão suportar o pagamento dos contratos televisivos até ao final da época aos clubes da II Liga, mas não faria mais sentido ajudarem-nos a reunir condições para que se realizem as 10 jornadas que faltam?"

Federação e Liga aguardam pelas indicações da Direção-Geral da Saúde, mas Miguel Fernandes considera que Portugal não deverá seguir exemplos como os de França e Holanda, onde já foi anunciado o fim antecipado das temporadas, "porque Portugal deu uma resposta muito melhor no controlo da pandemia".

"A sociedade em geral, e o futebol em particular, têm de dar sinais de retoma para evitar uma catástrofe financeira dentro de muito pouco tempo. Estamos a falar da sobrevivência económica de muitos setores da nossa sociedade, clubes de futebol incluídos", conclui.

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