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João Paulo Rebelo

Secretário de Estado diz que não há "garantia absoluta" do regresso do futebol

03 mai, 2020 - 11:31 • Redação

João Paulo Rebelo sublinha, em entrevista ao "Record", que "o que está anunciado é a possibilidade de retoma". Se for estabelecida correlação com um eventual aumento do número de casos de Covid-19, os planos podem ser cancelados.

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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto não dá como garantida a retoma do futebol português, ainda esta época.

Em entrevista ao jornal "Record", João Paulo Rebelo salienta que "o que está anunciado é a possibilidade de retoma, não a garantia absoluta de que isso vai acontecer". Por isso, o futebol pode nem regressar.

"Há um trabalho que está a ser feito entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Direção-Geral da Saúde (DGS), com técnicos e especialistas. O que o Governo diz é que há a possibilidade de, no final de maio, retomarem as competições da I Liga e Taça de Portugal, desde que sejam verificados um conjunto de pressupostos", explica.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou que a I Liga seria retomada no final de maio, com jogos à porta fechada. Contudo, a DGS terá de apurar as condições de higiene e segurança nos estádios.

Correlação pode obrigar futebol a ser cancelado


Na segunda-feira, reabrem as lojas de comércio da rua e o confinamento passa a ser dever cívico, em vez de obrigação - embora o incumprimento continue a constituir crime de desobediência. Se for estabelecida uma "correlação com um aumento muito significativo do número de infetados", poderão ser dados passos atrás, inclusive no futebol.

"Vamos supor que, passados alguns dias, se verifica algo de anormal no número de infetados. Isso pode significar um retrocesso e não tem a ver com futebol. A questão do futebol em concreto tem a ver com um conjunto de pressupostos que estão a ser trabalhados entre a FPF, a própria Liga e a DGS", assinala o secretário de Estado do Desporto.

Em suma, "a ideia é ir avaliando". Se, durante a fase de desconfinamento - ou estado de calamidade -, a situação epidemiológica portuguesa piorar, "podem ser tomadas medidas que signifiquem retrocessos".

Portugal contabiliza 1.023 mortes, entre os 25.190 casos confirmados do novo coronavírus, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

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