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Terceira Liga. Objetivo é melhorar preparação para entrada nos profissionais, diz diretor técnico da FPF

06 mai, 2020 - 18:25 • José Barata

José Couceiro confirma que "a pandemia acelerou" o projeto que estava a ser preparada há alguns meses. Terceira Liga arranca em 2021/22, com 24 equipas. Em 2023/24 passará a ser disputada por 20 clubes.

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O diretor técnico da Federação Portuguesa de Futebol explica que o objetivo da criação da Terceira Liga é ter "uma competição que consiga ajudar as equipas a chegarem às ligas profissionais preparadas" para o desafio.

José Couceiro argumenta, em entrevista à Renascença, que o novo modelo trará maior competitividade e "as provas vão ganhar dimensão e qualidade". A Terceira Liga, que vai acolher as melhores equipas de cada série do Campeonato de Portugal e receber duas formações despromovidas da Segunda Liga, arranca na temporada 2021/22, com 24 equipas.

Na próxima época, o Campeonato de Portugal será alargado de 72 para 96 equipas. Não há descidas este ano e a Federação revela, com este plano, que haverá promoções dos distritais, algo que ainda não era oficial. Às equipas que se mantêm e aos promovidos juntam-se Cova da Piedade e Casa Pia, despromovidos da Segunda Liga, numa decisão que o clube de Almada irá impugnar.

O Campeonato de Portugal passará de quatro para oito séries e os vencedores de cada uma serão apurados para o "play-off" de acesso à Segunda Liga. As seis equipas que ficam pelo caminho têm bilhete para a Terceira Liga, em 2021/22. A essas juntam-se as duas despromovidas da Segunda Liga. No total, na primeira temporada, serão 24 clubes a disputar a nova terceira divisão.

As equipas que terminarem entre o 2.º e o 5.º lugares de cada série vão jogar uma fase acesso à Terceira Liga, para determinar as restes 16 apuradas para a competição. Em 2023/24 haverá um corte para 20 formações

Pandemia acelerou decisão

José Couceiro confirma que esta decisão "foi acelerada devido à pandemia". A FPF viu-se na necessidade de reformular os quadros competitivos para ter "competições mais equilibradas e com níveis de competitividade superiores, e isso terá um interesse maior e uma maior aproximação aos adeptos”.

Nestas declarações a Bola Branca, o diretor técnico da FPF anota, ainda, que esta reformatação irá criar mais um espaço para os jovens jogadores evoluirem.

"É um espaço que se torna mais aliciante, para que os jovens jogadores possam ter mais um espaço de competição, à semelhança do que acontece na Liga Revelação, e podermos potenciar a capacidade dos jovens jogadores”, conclui.

O Campeonato de Portugal foi anulado pela FPF, devido à pandemia de Covid-19. Arouca e Vizela, as duas equipas com mais pontos na competição, na altura da interrupção, foram promovidas à Segunda Liga.

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