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Reunião entre FPF e clubes do Campeonato de Portugal durou um minuto

08 mai, 2020 - 17:31 • Redação

Os seis emblemas que contestam decisão da Federação de promover Arouca e Vizela, pela via administrativa, abandonaram a reunião, porque o presidente da Federação não estava presente.

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Os seis clubes do Campeonato de Portugal, que compareceram esta sexta-feira à tarde na Cidade do Futebol para discutir com a Federação as decisões quanto à subida à II Liga, não aceitaram dialogar com os representantes federativos designados para o efeito: José Couceiro, Carlos Lucas e Luís Sobral.

Olharam para o relógio, passado pouco mais de um minuto, viram confirmada a ausência do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, levantaram-se e foram embora.

Sem a exigida presença do líder da FPF, Benfica de Castelo Branco, Fafe, Lusitânia de Lourosa, Olhanense, Praiense (este por videoconferência) e Real Massamá abandonaram a reunião.

Os seis clubes estão contra as promoções na secretaria de Arouca e Vizela, pretendendo uma outra solução que lhes permitisse lutar pela subida à II Liga.

Em declarações à agência Lusa, o diretor técnico da Federação, José Couceiro, lamentou já a falta de respeito destes clubes.

O histórico Olhanense foi um dos emblemas que se fez representar. Em declarações a Bola Branca, o presidente da SAD, Luís Torres, considera que desrespeitosa foi a ausência de Fernando Gomes.

“Para mim, a única explicação que eu vejo é falta de respeito. Já o tinha achado quando foi lançado um comunicado, no sábado, com o país em estado de emergência, a destruir a vida a seis clubes, mais concretamente a dois que acabaram o campeonato em primeiro lugar e que são as duas únicas duas equipas da Europa que acabam em primeiro lugar e não sobem de divisão”, lamenta Luís Torres.

Os clubes consideram-se enganados e querem agora perceber porque razão não foi avante o play-off a oito equipas, proposto pela própria Federação. Será agora pedido um novo encontro “de forma educada e cordial”, sublinha o presidente da SAD do Olhanense.

“É impensável que o Governo tenha permitido 90 jogos da I Liga, em vários espaços do país, e não tenha permitido seis jogos do campeonato de Portugal entre oito equipas, que iriam estar confinadas a um único espaço”, argumenta o dirigente.

A esperança de Luís Torres é a de que a decisão da Federação seja revertida nos tribunais desportivos ou civis.

Entretanto, as câmaras da Praia da Vitória e de Olhão pediram uma reunião com o Governo para contestar a decisão da FPF sobre as subidas à II Liga, após a suspensão dos campeonatos devido à covid-19.

[notícia atualizada às 21h47]

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