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​Covid-19: Futebolistas assumem código de conduta coletivamente, diz sindicato

12 mai, 2020 - 15:33 • Lusa

Reunião permitiu "contextualizar o protocolo, a racionalidade das medidas e os comportamentos que se impõem nesta fase aos jogadores”, refere o organismo liderado por Joaquim Evangelista.

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Os futebolistas dos clubes da I Liga de futebol vão assumir coletivamente o código de conduta do parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o reinício da competição devido à pandemia de covid-19, anunciou esta terça-feira o sindicato.

Em comunicado, o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) deu conta da realização de uma reunião para esclarecer os agentes desportivos, na segunda-feira, convocada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, com a presença de Adalberto Campos Fernandes, um dos especialistas da comissão de emergência criada face à pandemia de covid-19.

“Considerando a intervenção esclarecedora do doutor Adalberto Campos Fernandes” e “as dúvidas colocadas por vários jogadores”, o SJPF promoveu um encontro informal entre o antigo ministro da Saúde e os capitães dos 18 clubes primodivisionários.

Segundo o SJPF, “a reunião permitiu contextualizar o protocolo, a racionalidade das medidas e os comportamentos que se impõem nesta fase aos jogadores”.

No domingo, a FPF e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) revelaram o parecer técnico da DGS para o regresso do futebol, que, no primeiro ponto, refere que "a FPF, a LPFP, os clubes participantes na I Liga e os atletas assumem, em todas as fases das competições e treinos, o risco existente de infeção por SARS-CoV-2 e de covid-19, bem como a responsabilidade de todas as eventuais consequências clínicas da doença e do risco para a Saúde Pública".

Depois da divulgação deste parecer, pelo menos três jogadores do FC Porto e um do Sporting manifestaram desagrado com o teor nas redes sociais.

“Face às dúvidas que resultaram, em especial, do ponto um do protocolo sobre as condições de regresso, comunicado pela FPF, os jogadores foram esclarecidos de que o pretendido pelas autoridades de saúde é o seu consentimento informado, isto é, uma declaração de que todos tomaram conhecimento das regras decorrentes do protocolo e assumirão o comportamento adequado ao seu cumprimento”, explicou o SJPF.

Nesse sentido, a estrutura sindical assegurou que “ficou também esclarecido que, em vez de declarações individuais, será emitida uma declaração coletiva deste compromisso, através do SJPF, na qualidade de entidade representativa”.

“Em conclusão, ao contrário do que foi sendo especulado, a emissão desta declaração é um mero consentimento informado e não determina a renúncia ou perda de qualquer direito”, sublinhou o sindicato liderado por Joaquim Evangelista.

O SJPF expressou no comunicado um agradecimento a Adalberto Campos Fernandes, reafirmando “o compromisso de contribuir para que os jogadores tenham a tranquilidade e garantias necessárias para levar a cabo a retoma desejada, minimizando ao máximo os riscos existentes e contribuindo para que possam ser tomadas decisões de forma consciente e informada”.

“Finalmente, o sindicato destaca o sentido de responsabilidade e compromisso que os jogadores têm assumido face a esta pandemia e continuarão a assumir no período de retoma das competições”, concluiu.

Com o fim do estado de emergência no dia 03 de maio, o Governo autorizou o regresso dos jogos à porta fechada da principal competição de futebol, no fim de semana de 30 e 31 de maio, numa decisão que, no entanto, está dependente de aprovação da DGS.

Recentemente, foram confirmados os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus entre jogadores da I Liga, nos plantéis de Famalicão, Vitória de Guimarães, Moreirense e Benfica.

Faltam disputar 90 jogos do principal escalão, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, assim como a final da Taça de Portugal, que vai opor 'encarnados' a 'azuis e brancos'.

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