28 mai, 2020 - 08:30 • Luís Aresta
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Tal como a Renascença avançou esta quarta-feira, afinal haverá situações em que os jogadores da Primeira Liga farão mais do que um teste antes de cada jogo, na reta final do campeonato que será retomado a 3 de junho.
O pneumologista e consultor da Liga de Clubes Filipe Froes explica que o que se está a fazer não é um único teste antes dos jogos, mas sim “um conjunto de testes, que provavelmente representarão cerca de 15 nas oito semanas em que vão decorrer nas dez jornadas, sendo os jogadores testados, no mínimo, a cada cinco dias”.
Em declarações à Renascença, Filipe Froes faz notar que, apesar da redução no número de testes inicialmente previsto – eram dois nas 48 horas antes de cada jogo -, “não há nenhuma liga, nem na Alemanha, nem na Espanha nem na Inglaterra, que tenha o mesmo número de testes que a nossa liga tem”.
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O especialista sublinha ainda que “aquilo que Liga e Federação fizeram foi garantir a segurança, otimizando as colheitas, para evitar fazer exames que poderiam ser desnecessários e repetitivos, face ao intervalo de tempo entre eles”.
Filipe Froes garante que haverá “um teste 24 horas antes de cada jogo e, sempre que o intervalo entre jogos seja superior a cinco dias, um outro teste”.
Nestas declarações à Renascença, Filipe Froes considera que “o ideal seria 11 testes”, mas o desfecho acabou por correr bem, “porque os jogadores não podem ser testados tantas vezes".
"Iriam ser testados 22 vezes, conseguimos passar para 15 testes”, assinala, garantindo que a Liga de Clubes esteve representada na reunião em que a quantidade final de testes a realizar aos jogadores foi validada e que “muito do trabalho baseou-se na proposta inicial da Liga”.
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O pneumologista do Hospital Central de Lisboa Norte deixa ainda elogios à giretora-geral da Saúde, Graça Freitas, por ter sido “parte da solução e percebeu que em nada a segurança era prejudicada pela diminuição de sete testes desnecessários, era praticamente fazer quase três testes em três dias seguidos”.
A Renascença sabe que na reunião, por teleconferência, em que foi fechado o modelo final de testes a fazer aos jogadores, realizada na manhã de terça-feira, a DGS esteve representada pela própria diretora-geral Graça Freitas e por Valter Fonseca. Também participaram dois médicos da Federação Portuguesa de Futebol e dois médicos em representação da Liga de Clubes.
A Primeira Liga será retomada a 3 de junho e as últimas dez jornadas serão jogadas até 26 de julho. Os jogos vão decorrer sem público nas bancadas, para prevenir o risco de contágio de Covid-19.
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