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Proença, Jorge Jesus e Sérgio Conceição assinam apelo ao regresso do público ao futebol

28 set, 2020 - 18:15 • Rui Viegas Redação

O presidente e toda a direção da Liga, assim como várias figuras do futebol português manifestam-se contra a discriminação ao futebol em relação às restantes atividades.

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O presidente e toda a direção da Liga Portugal, além de outras figuras do futebol português, juntaram-se ao movimento “Sem Adeptos Não Há Futebol”, que apela ao regresso do público aos estádios.

Para além de Pedro Proença, subscrevem o manifesto nomes como Jorge Jesus, Sérgio Conceição, Vítor Oliveira, Ricardo Sá Pinto, Paulo Futre, Nuno Gomes, Jorge Andrade, Deco, Fábio Coentrão, Octávio Machado ou Manuel Fernandes. Ao todo, já são cerca já de 70. Paulo Lopo, ex-presidente da SAD do Leixões, um dos porta-vozes deste movimento, confirma a Bola Branca a adesão de Proença e seus pares.

"Toda a Comissão Executiva da Liga subscreveu. Também subscreveram os treinadores Jorge Jesus, Sérgio Conceição e Vítor oliveira. Houve vários treinadores, jogadores, pessoas ligadas ao futebol que subscreveram e todos são importantes. Neste assunto da indignação que nós sentimos por isto, valemos todos a mesma coisa", salienta.

Paulo Lopo considera que "é óbvio que existe discriminação" para com o futebol, por parte das autoridades, que "subtilmente fazem passar uma ideia de que o adepto de futebol é praticamente um delinquente":

"O adepto de futebol é o mesmo que vai ao cinema, que vai à tourada, que vai aos concertos, que vai à festa do Avante!, é o mesmo. Não existe os adeptos de futebol de um lado e os outros do outro. As pessoas são as mesmas. Todos os jogos que têm sido realizados nos Açores têm corrido bem. Se é possível haver nos Açores na III Divisão, não é possível haver nos clubes da I Divisão, que têm instalações com outro topo de capacidade? Nem que seja um terço do estádio ou 20 ou 25%."

O ex-presidente da SAD do Leixões recorda que os adeptos já voltaram, ainda que de forma parcial, aos estádios de campeonatos relevantes como França, Alemanha, Rússia ou Suíça. Portanto, não compreende a insistência em não tomar a mesma medida em Portugal. "Há aqui uma irracionalidade na tomada de decisão que é preciso resolver", vinca.

Nestas declarações a Bola Branca, Paulo Lopo diz estranhar o silêncio da Federação Portuguesa de Futebol e apela ao mesmo envolvimento por parte de Benfica e Sporting a que tem assistido no FC Porto.

"Federação, Liga, Benfica, Sporting e Porto são, politicamente, aqueles que conseguem fazer passar a sua mensagem de forma mais facilitada do que todos os outros. E à exceção da Liga e de Pinto da Costa, em representação do FC Porto, mais ninguém se tem manifestado. Se eu acho estranho a ausência de manifestação da Federação? Claro que tenho de achar. Todos nós esperamos que a Federação seja o maior defensor do regresso dos adeptos ao futebol", sublinha.

Na opinião de Paulo Lopo, o trabalho do movimento não ficará concluído até que os adeptos regressem aos estádios e o futebol "seja considerado de igual para igual para com todas as outras atividades".

"Até que não exista descriminação na sociedade em relação aos que podem e aos que não podem, nós não vamos parar e obviamente que estamos a avaliar aquilo que vamos fazer de seguida", conclui.

Comentários
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  • J M
    29 set, 2020 Seixal 15:35
    Assinaram foi um apelo à propagação do Covid 19. Actualmente, comparar o número de novos casos diários no Continente com o dos Açores, para justificar a presença de público nos estádios é uma falácia. Na tourada cada vez que espetam um ferro no touro, o publico não se levanta aos pulos aos abraços e aos beijos, como no futebol, sempre que há um golo do clube da sua simpatia. O mesmo não acontece a quem vai ao cinema aos concertos ou à festa do avante. Felizmente ainda há dirigentes desportivos (ao contrário dos que assinaram este manifesto) que não confundem irracionalidade nem descriminação com a realidade dos factos.

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