11 fev, 2021 - 10:43 • Lusa
O árbitro Luís Godinho recebeu ameaças de morte após o jogo das meias-finais da Taça de Portugal entre Sporting de Braga e FC Porto, confirmou fonte do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (CA) à agência Lusa, esta quinta-feira.
Luís Godinho e a sua família "receberam ameaças de morte durante toda a noite passada, logo após o jogo em Braga" e as autoridades policiais foram de imediato avisadas e a viagem do árbitro de regresso a casa foi monitorizada pela polícia, indica a fonte do CA.
O árbitro fará agora participação junto das autoridades, para tentar encontrar os autores das ameaças, precisou a mesma fonte, que referiu ainda que o CA vai continuar a acompanhar de perto toda a situação.
Sporting de Braga e FC Porto empataram 1-1 na noite de quarta-feira, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal de futebol, num jogo em que os dragões acabaram com nove unidades.
O jogo ficou marcado pela grave lesão de David Carmo, lance que ditou a expulsão de Luís Díaz (70), numa decisão polémica de Luís Godinho, após visionar as imagens, que motivou fortes protestos dos portistas. Uribe foi expulso por agredir Esgaio (90+7), pelo que os portistas terminaram o jogo reduzidos a nove.
Governo não é recurso do presidente do FC Porto: "(...)
Após o encontro, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, deixou duras críticas à equipa de arbitragem, liderada por Luís Godinho.
"Em relação às mensagens que recebi, algumas durante o jogo, para que a equipa abandonasse o terreno do jogo perante o que se estava a passar, quero pedir a todos os associados do FC Porto que mantenham a serenidade porque ninguém nos verga! Não é desta forma, como tem vindo a acontecer em relação às arbitragens com o FC Porto, que nos vão vergar", afirmou numa declaração sem direito a perguntas na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga.
Pinto da Costa disse querer "apenas falar em factos, não em intenções" e lembrou que o videoárbitro (VAR) do jogo, Hugo Miguel, foi o mesmo do FC Porto - Benfica que, "quando foi mostrado um cartão amarelo a Taremi interveio para pedir um vermelho".
"Mas todas as agressões que existiram nesse jogo, que já mostrámos e vamos voltar a mostrar, não chamou a atenção para nenhuma. Hoje [quarta-feira], voltou a chamar a atenção para um lance perfeitamente casual [lance entre Luís Díaz e David Carmo que ditou a lesão do central do Braga], mas não chamou para jogadas bem mais perigosas", disse.