24 fev, 2021 - 19:07 • Redação com Lusa
Carlos Carvalhal, treinador do Sporting de Braga, reconhece maior favoritismo à Roma para seguir em frente na Liga Europa, depois de vitória por 2-0 na primeira mão da eliminatória dos 16 avos de final, em Portugal, mas mantém esperança que a sua equipa vai lutar pela passagem.
"Nenhuma das equipas vai facilitar e vai tentar ganhar o jogo, não tenho dúvidas. Sabemos que a Roma tem vantagem, se fosse 0-0, seria 50% para cada lado, mas assim, com 2-0, a Roma tem 70% ou 80% de probabilidade de passar. Mas havendo 1% de possibilidade, é para agarrar com todas as forças. Quando alguém se agarra a isso e tenta mudar um resultado negativo nunca é milagre, é fruto do trabalho, da competência e do esforço", disse, em conferência de imprensa.
O técnico minhoto volta a reforçar a qualidade da equipa de Paulo Fonseca e a destacar os erros de arbitragem da primeira mão: "O jogo ficou alterado com a expulsão e estes pormenores mudam um jogo. Quem sabe se amanhã não é a Roma a ficar com 10 jogadores e nos perdoam um penálti? Muito pode acontecer em 90 minutos".
"Sabíamos antes do primeiro jogo que era uma eliminatória muito difícil. Têm uma grande equipa e um grande treinador, mas não contavamos com outros fatores. A Roma foi a equipa mais perigosa, mas houve um fator a desiquilibrar e que nos tirou do jogo. Temos em mãos uma tarefa difícil, começa 2-0 para eles no momento em que começa o jogo", diz.
A chave pode ser ignorar o resultado da primeira mão e jogar para vencer a partida: "Não devemos olhar muito para o resultar da primeira mão, olhar sim para a nossa qualidade e estar dentro do jogo nos 90 minutos. É um adversário muito difícil, mas temos de equilibrar o jogo e discutir a eliminatória até ao último segundo, que foi o que prometemos".
A Roma tem vantagem de 2-0 conquistada na Pedreira(...)
O defesa Rolando considera que o Sporting de Braga tem de olhar para o que pode melhorar em relação ao primeiro jogo e frisou que, mais do que querer afirmar-se, quer ajudar a equipa.
"Já passei por muito no futebol e isso de conseguir o meu espaço [na equipa] ou não já não me diz grande coisa. Com a minha experiência, sei é que tenho de estar preparado para quando surgem as oportunidades dar o máximo e ajudar a equipa", disse.
O experiente defesa central assumiu ser "um jogador importante", mesmo quando não joga.
"Também foi por isso que fui contratado, para transmitir o que aprendi no futebol para os mais novos, que têm correspondido, a equipa tem estado muito bem, temos muitas opções, o treinador toma as suas decisões e quando a equipa precisa de mim tento corresponder, é a minha forma de agradecer e mostrar que estou extremamente satisfeito de fazer parte deste clube", disse.
O internacional português, de 35 anos, já jogou em Itália (Nápoles, 2012/13, e Inter de Milão, 2013/14) e lamentou a ausência do público no Olímpico de Roma.
"Claro que é um negócio, mas o futebol é divertimento, uma fuga das pessoas do stress do dia-a-dia, é um espetáculo que, sem público, é diferente. Já joguei aqui com o estádio cheio e sinto-me triste por os meus colegas não irem ter essa experiência, é um estádio icónico, mas com ou sem público temos de tentar o nosso melhor", disse.
O jogo entre Roma e Sporting de Braga está marcado para quinta-feira, às 20h00, no Olímpico de Roma, com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.sapo.pt.