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DGS exige testes laboratoriais à Covid-19 na retoma do futebol de formação

01 abr, 2021 - 19:12 • Redação

Praticantes de modalidades de médio e alto risco, em que se incluem o futebol, terão de ser testados ao novo coronavírus até 72 horas da retoma, com custo a ser suportado pelos clubes.

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A Direção-Geral de Saúde (DGS) exige resultado negativo num teste laboratorial à Covid-19 até 72 horas antes da retoma, a partir de 5 de abril, das atividades desportivas de médio, em que se incluem o futebol (médio), nomeadamente de formação, e alto risco.

De acordo com o acórdão da DGS, divulgado esta quinta-feira, se a modalidade for de baixo risco, não haverá necessidade de realização de realização de quaisquer testes ao novo coronavírus.

Contudo, o cenário muda para as modalidades de médio e alto risco, com a agravante de um teste laboratorial RT-PCR custar 65 euros a pedido do Serviço Nacional de Saúde e 100 a 101 para particulares. O custo terá de ser totalmente suportado pelos clubes, logo, efetuados pela via particular.

A DGS exige, ainda, que conforme o risco epidemiológico (incidência cumulativa a 14 dias), sejam realizados, com regularidade, entre treinos e competição, testes rápidos de antigénio (TRAg), que custam entre sete e dez euros e dão resultados dentro de até 30 minutos.

AFL pede ao Governo que pague testes


A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) deixou duras críticas ao plano de retoma da formação: "Como com papas e bolos se enganam os tolos."

"Quando se esperava um abrandamento, para não dizermos o levantamento total dos condicionalismos até aqui existentes, eis que tão importante 'carta magna' nos brinda com uma série de exigências incomportáveis face às atuais condições financeiras dos nossos clubes filiados", escreveu a associação, em comunicado.

A AFL manifesta "a sua total indignação e repúdio" pela sobrecarga de custos "que a DGS quer impor aos clubes", fazendo disso depender o regresso de "muitos milhares de crianças e jovens à prática desportiva".

"Resta-nos e de forma a que a justiça ainda possa ser reposta, lançar o desafio às instâncias governamentais no sentido do custo da realização dos testes laboratoriais para SARS-CoV-2 serem suportadas pelas mesmas. Queremos e exigimos a retoma da formação. Mas não a expensas sempre dos mesmos", termina a associação lisboeta.

Exigências da DGS conforme incidência


Modalidades de médio risco

  • Incidência abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes
    • TRAg aleatórios realizados no dia da competição:
      • 50% dos atletas e equipa técnica;
      • 50% dos árbitros ou juízes que exerçam as suas funções sem máscara.
    • Treinos: TRAg aleatórios realizados a 50% dos atletas e equipa técnica de 14 em 14 dias.
  • Incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes:
    • TRAg realizados no dia da competição:
      • atletas e equipa técnica;
      • árbitros ou juízes que exerçam as suas funções sem máscara.
    • Para os agentes desportivos que não realizem TRAg periódicos no contexto de treinos: TAAN (PCR) realizados até 48 horas antes da competição.

Modalidades de alto risco

  • Incidência abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes:
    • TRAg realizados no dia da competição:
      • atletas e equipa técnica;
      • árbitros ou juízes que exerçam as suas funções sem máscara.
    • Treinos: TRAg realizados a todos os atletas e equipa técnica de 14 em 14 dias.
  • Incidência acima dos 120 casos por 100 mil habitantes:
    • TAAN realizados até 48horas antes da competição:
      • atletas e equipa técnica;
      • árbitros ou juízes que exerçam as suas funções sem máscara.
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