02 abr, 2021 - 18:21 • Redação
O Estrela da Amadora recorreu para o pleno do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, considerando que o Sporting B utilizou Gonzalo Plata de forma indevida na partida com o Oriental Dragon, da 14.ª jornada da Série G do Campeonato de Portugal.
O clube amadorense considera que a utilização do equatoriano viola a alínea 7 do artigo 51.º do regulamento do Campeonato de Portugal, que proíbe que jogadores com minutos pelas respetivas equipas A sejam utilizados por uma equipa B nas últimas três jornadas da primeira fase da prova.
Em entrevista a Bola Branca, Marco Ferreira, diretor executivo do Estrela critica a decisão do Conselho de Disciplina da federação, revelando que o Estrela pode recorrer a outras instâncias para defender a verdade desportiva.
“Primeiro devo dizer que esta nossa decisão de recorrer da decisão do Conselho de Disciplina não tem nada a ver com os clubes envolvidos, neste caso quatro, porque não é só o Estrela e o Sporting, há também o Marítimo e o Pedras Rubras. Tem mais a ver com a incongruência do Conselho de Disciplina.”
“Nós estamos preparados para ir até às últimas instâncias em defesa da verdade desportiva, porque é isso que nos importa neste caso. Se for preciso vamos até ao Constitucional. Sabemos que isso irá demorar muito tempo, mas temos um parecer de um dos melhores advogados da Europa que nos dá razão neste caso, porque o objetivo da redação desse artigo, se formos mesmo ao regulamento do Campeonato de Portugal, é a manutenção da verdade desportiva e o regulamento é escrito para que as equipas B nos últimos três jogos não desvirtuem a competição, utilizando jogadores da equipa A, e neste caso o Sporting acabou por fazê-lo”, diz.
Marco Ferreira diz ainda que o Estrela não entende os dois pesos e duas medidas que o Conselho de Disciplina utilizou para analisar casos semelhantes.
“Não pode haver uma decisão do Conselho de Disciplina que diga que o Marítimo B tem razão ao usar jogadores da equipa A porque ainda faltam três jogos depois daquele, e depois dizer, dias depois, que o Sporting tem razão porque utilizou um jogador, mas não pertencia à jornada, mas quando só faltavam dois jogos.”
“Não conseguimos perceber o que é que se passava na cabeça do Conselho de Disciplina para tomar esta decisão, e avançamos porque acreditamos mesmo que temos razão, tendo em conta o parecer que temos, e que já referi, porque a redação do artigo serve para que nos últimos três jogos do campeonato não seja desvirtuada a competição com a utilização de jogadores das equipas A pelas equipas B e o Sporting fê-lo e o Marítimo B não o fez”, conclui Marco Ferreira.