30 abr, 2021 - 12:45 • João Fonseca
Em Tondela, a notícia de que a quarta fase de desconfinamento ainda não levará adeptos aos estádios de futebol foi recebida com alguma tristeza.
O presidente do clube beirão, Gilberto Coimbra, esperava alguma abertura, depois de o Presidente da República ter destacado a forma responsável como os portugueses se têm comportado. Em declarações a Bola Branca, o dirigente assume que as casas cheias com os maiores clubes estão a fazer falta a um orçamento sempre muito limitado.
"Não há que esconder, nós temos apanágio de ser transparentes. Uma das fatias que fazem parte do orçamento anual do Tondela são os três, quatro clubes grandes que compõem o ramalhete", assume Gilberto Coimbra, que estende a situação aos restantes "clubes pequenos".
A ausência dos estádios "é pena e compreensível ao mesmo tempo", mas "está a criar muita ansiedade aos adeptos", revela o líder do Tondela.
Um dos grandes clubes que compõem parte do orçamento anual do Tondela é o Benfica, que os beirões recebem na 30.ª jornada da I Liga.
O Benfica vai apresentar-se como favorito no Estádio João Cardoso. Gilberto Coimbra aposta num Tondela com “uma equipa solidária e única” para compensar o "valor desigual" entre as duas equipas.
Apesar disso, e ainda que não tenha "nada absolutamente seguro", após três jornadas sem perder e com 35 pontos conquistados à falta de quatro jornadas, Gilberto Coimbra admite que o Tondela poderá abordar a receção ao Benfica com maior à-vontade. "Se estivesse com 20 e tal pontos, seria uma equipa muito mais intranquila", assume.
No jogo com o Benfica, os jogadores do Tondela vão envergar "uma camisola única". Os equipamentos serão leiloados e servirão para conseguir verbas que permitam comprar cabazes de bens necessários e que serão entregues a famílias carenciadas e já sinalizadas.
O Tondela-Benfica começa às 19h00, terá arbitragem de Manuel Mota. Relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.