16 ago, 2021 - 12:45 • Rui Viegas
Nuno Campos desvaloriza a saída de Jesús Corona para o Sevilha. O antigo adjunto do FC Porto, com Paulo Fonseca, lembra que "todos os jogadores são substituíveis", cabendo depois aos treinadores, no caso Sérgio Conceição, procurarem soluções para as vagas em aberto.
Em entrevista a Bola Branca, Campos faz notar que estamos perante um campeonato "vendedor", o nosso.
"Todos os jogadores são substituíveis quando o clube precisa de vender e, com o trabalho do treinador, outro se impõe no lugar. Agora, o Corona aporta muito ao Porto. Com o Corona o Porto é mais forte. É um grande jogador e por isso também sofre o assédio de outras equipas", sustenta o técnico, que antevê um dragão ainda mais competitivo em 2020/21 devido à manutenção do seu treinador.
"Com o Sérgio Conceição o Porto é ainda mais competitivo. O Porto não facilitará em nada esta época", defende.
Depois de trabalhar no FC Porto, e antes da primeira experiência no estrangeiro (Shakhtar em 2026/17), Nuno Campos esteve ligado ao Sp. Braga. No minho, Rafa Silva foi um dos pupilos que orientou. Um jogador que, entretanto, saiu para o Benfica e se tem destacado neste início de época.
O agora ex-número dois da equipa técnica de Paulo Fonseca considera que - muito em breve - Rafa pode, e deve, pensar noutros voos.
"Merece outros patamares, merece que a época lhe corra a que ele se catapulte para outros patamares", atira.
Itália
Ex-adjunto de Paulo Fonseca nos "giallorosso", em (...)
Também no minho, Rodrigo Pinho esteve igualmente às ordens de Nuno Campos. E tal como Rafa, embora com uma escala no Funchal ao serviço do Marítimo, viajou para a Luz.
Trata-se de um atacante "diferente", em comparação com os que Jorge Jesus tem à disposição esta temporada, mas que "pode ajudar muito o Benfica, porque tem características diferentes das dos restantes avançados". "É um finalizador, um jogador de requinte, o que não se encontra muito hoje em dia", reforça.
Nestas declarações a Bola Branca, Nuno Campos aborda ainda a Liga 2021/22. E com base na sua aventura "lá fora" (Ucrânia e Itália) afirma que não há nada que nos secundarize em comparação com outros campeonatos. A questão está igualmente na forma, depreciativa, como o futebol luso olha para si próprio.
Em relação a favoritos ao título, o treinador aposta nos três (grandes) do costume, mas com o Sp. Braga a vir logo atrás.
"Será um campeonato muito dividido e equilibrado. Mas com o Braga ainda um passinho atrás dos três grandes, apesar de o Braga andar a tentar morder-lhes os calcanhares. Os três grandes estão muito fortes. Devemos passar uma ideia muito mais positiva do futebol português. Tenho andado por fora e lá fora não existem coisas melhores do que existem em Portugal", finaliza.