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II Liga

Filipe Martins, o treinador do Casa Pia que foi da cama de hospital à subida à I Liga

15 mai, 2022 - 13:35 • Eduardo Soares da Silva

Treinador esteve um mês e meio sem orientar a equipa, por complicações causadas pela Covid-19, e destacou o projeto do clube que regressa à I Liga, 83 anos depois.

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Foto: Rui Manuel Farinha/Lusa
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Filipe Martins, treinador do Casa Pia, festeja a subida de divisão à I Liga, depois de uma temporada em que esteve hospitalizado devido a complicações causadas por uma infeção por Covid-19.

O técnico foi hospitalizado a 19 de fevereiro e só voltou a liderar a equipa presencialmente no final de março. Após confirmada a subida, com uma vitória por 5-1 frente ao Leixões, o treinador não escondeu a emoção.

"Dar os parabéns ao Rio Ave por ser campeão, esse era o nosso objetivo também. Mas acima de tudo, era subir de divisão. Um pouco camuflado ao início, assumo. Queria muito que o meu pai me visse de novo na I Liga e ele conseguiu ver. Não está a passar por uma fase fácil e vai superar novamente. E agradecer à grande mulher que tive. Nunca me abandonou nos momentos difíceis, sempre ao meu lado quando estive numa cama de hospital", disse à Sport TV.

O técnico assume que "não foi uma época fácil, para mim e para a minha família".

"Curiosamente tudo começou aqui neste estádio, há dois anos. Propusemo-nos a uma coisa que, muitos pensavam que até na permanência não teríamos sucesso, mas na nossa cabeça sabíamos o que queríamos. Tive a felicidade de ser o escolhido por um grande clube, com uma história ímpar no futebol português, e por um grupo investidor que acreditou no que viu. Hoje estamos a colher frutos de tudo aquilo que muita gente trabalhou. Faltam-me as palavras para descrever isto. Muita gente achou que não íamos ter estofo", disse.

Dedicatória até a Rúben Amorim

Filipe Martins assume que sempre teve ligação ao Casa Pia e destaca um projeto de muitos anos, com dedicatória até a Rúben Amorim, treinador do Sporting, que orientou os gansos no início da carreira.

"O Carlos Pires, ex-diretor, a quem quero dar um abraço porque ele também foi responsável pela oportunidade de o Casa Pia estar nas ligas profissionais. Ele, o Ruben Amorim, o próprio Luis Loureiro que acabou o projeto. A todas essas pessoas e o presidente, que manteve o clube estável e sério. A história do Casa Pia não são dois anos. Há um novo paradigma, mas houve muita gente que trabalhou no passado para que pudéssemos estar aqui a festejar", termina.

O Casa Pia vai disputar a I Liga pela segunda vez na história. A única participação foi há 83 anos, em 1938/39.

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