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Empresários querem comprar ações para que o Braga tenha a maioria da SAD

07 dez, 2022 - 09:31 • Lusa

João Gomes explica que os sócios "estão preocupados com o futuro da SAD" e propõem comprar os pouco mais de 13% necessários para que o clube tenha a maioria da SAD.

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Um grupo de empresários bracarenses quer comprar a pequenos acionistas a percentagem necessária para que o Braga passe a deter a maioria da sua SAD, revelou à agência Lusa o antigo dirigente João Gomes.

"Há um grupo de empresários de Braga, sócios e adeptos do Braga, que, tal como eu, estão preocupados com o futuro da SAD e propõem comprar os pouco mais de 13% necessários para que o clube tenha a maioria do capital social", disse à Lusa João Gomes, que se assume como cara e intermediário deste movimento.

Segundo o ex-diretor-geral da SAD e do clube durante 11 anos, este grupo de empresários está disposto a comprar a percentagem necessária de ações que está dispersa por pequenos acionistas e disponibilizá-la ao Braga, que teria que depois restituir esse valor ao grupo, "como e quando quiser", permitindo ao clube ter mais de 50% da SAD.

João Gomes apela ao "braguismo dos pequenos acionistas" para venderem cada ação por 5,50 euros, 10% mais do valor por que a compraram (cinco euros), e não pela cotação atual (cada ação da SAD do Sporting de Braga está a valer 22 euros, desde 2 de dezembro, última vez que foi transacionada).

Vincando que o negócio só poderá concretizar-se se o grupo de empresários conseguir adquirir esses pouco mais de 13% de ações, João Gomes diz que, se António Salvador recusar esta proposta, solicitará uma Assembleia-Geral extraordinária para que se realize um referendo em que se pergunte aos sócios se querem que o clube tenha ou não a maioria da SAD.

Para João Gomes, que saiu em polémica, em abril de 2018, na sequência de um processo disciplinar colocado pela administração liderada por António Salvador, a preocupação adensou-se com a recente entrada do novo acionista.

"O Braga não pode perder a sua identidade", frisou o antigo dirigente.

Em meados de outubro, a Qatar Sports Investments, grupo de investimento do próprio governo do Catar, que detém a totalidade do Paris Saint-Germain, entrou na SAD arsenalista pela compra dos 21,57% da Olivedesportos, tornando-se no segundo maior acionista da sociedade, só atrás do próprio clube, que detém 36,98 %.

O terceiro maior investidor é o fundo Sundown Investments Limited, com 17,04%, estando 24,31% das ações distribuídas por diversos pequenos acionistas.

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