08 set, 2023 - 12:45 • João Fonseca
Luís Guilherme, antigo presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, faz um balanço positivo da primeira divulgação da comunicação dos áudios entre árbitros e videoárbitros, que ocorreu na noite de quinta-feira.
Representado pelo vice-presidente João Ferreira, o Conselho de Arbitragem divulgou as comunicações dos casos da Supertaça e das primeiras três jornadas do campeonato.
Em declarações a Bola Branca, Luís Guilherme elogia a iniciativa e aconselha a FPF a não terminar com o programa.
"Acho muito bem, há muitos anos que defendo que o caminho é este de se abrir e comunicar com o exterior. Mostrar que não existe nada para além do ajuizamento desportivo. Não tenho dúvidas que o caminho é esse. O programa vem nesse sentido, deve continuar. Não percebo quando o Conselho de Arbitragem diz que se as coisas correrem mal, acaba. Não tem de acabar, o caminho é aquele e deve prosseguir", aponta.
O antigo líder de classe espera alguma resistência do futebol neste período inicial: "Por princípio, não somos desportivas, somos clubistas".
"Ao início admito que vai ter algumas dificuldades. Com o decorrer do tempo, a aprendizagem e as pessoas perceberem que não existe nada para além de arbitragem, a médio prazo as coisas vão estabilizar e será um contributo muito importante para o futebol português, assim os outros agentes desportivos também colaborem", alerta.
Luís Guilherme acredita que há espaço para se ir ainda mais longe: "A médio prazo, acrescentaria conferências de imprensa dos árbitros no fim do jogo e as comunicações serem do conhecimento de quem está no estádio".