08 set, 2023 - 15:20 • Redação com Lusa
Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, garante que nenhum clube vai sair a perder com a centralização dos direitos televisivos.
Depois de Benfica e Sporting terem garantido que se recusavam a sair prejudicados no prcesso, o dirigente vem garantir que "nenhum clube vai perder com este modelo".
"Tenho dito de forma constante pelos números que tenho em cima da mesa que nenhum clube vai perder com este modelo centralizado. Se isso é garantido no primeiro ciclo, nos outros claramente vamos criar riqueza para os próprios clubes", assumiu, no "Thinking Football".
A menor difusão dos jogos da I Liga em países como Brasil, França e Inglaterra está associada à ausência de um modelo centralizado de direitos audiovisuais.
"A LPFP tem um centro de dados, projeto que eu iniciei há três anos e pelo qual consigo saber através de um algoritmo qual vai ser a previsão de assistência e o "share" televisivo ou como é que as dinâmicas de uma comunidade serão comercialmente alavancadas se um jogo decorrer num dia e hora específicos. Havendo um centro de dados que nos pode dar esta informação, tem de ser a LPFP a regular este tema", sublinhou Pedro Proença.
A centralização televisiva das I e II Ligas vai ficar concluída até 2028/29 e impossibilitará os clubes de comercializarem de forma individualizada os direitos dos seus jogos, sem interferir nos contratos atuais, refletindo o "grande eixo estratégico" desde a chegada de Pedro Proença à presidência da LPFP, cargo que ocupa pelo terceiro mandato seguido.
"Vai ser um mandato de afirmação enquanto marca do futebol português e vamos poder fazer verdadeiramente aquilo que, na nossa perspetiva, já devia ter sido feito há 20 anos: internacionalizar uma marca, centralizar estes direitos audiovisuais, consolidar o nosso posicionamento e, algo que é fundamental este ano, trabalhar para o adepto", afiançou.