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A oportunidade faz o mercado de inverno. Como e para quê?

03 jan, 2024 - 12:45 • Luís Aresta

João Milton Nunes, analista e scout profissional, explica à Renascença quando a janela de janeiro começa a ser preparada, com que propósito e que mercados são explorados.

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A oportunidade faz o mercado. Assim se pode sintetizar a janela de transferências de inverno, que, no caso português, abriu esta quarta-feira, para encerrar apenas no dia 2 de fevereiro.

João Milton Nunes, analista e scout profissional, explica à Renascença que agências e clubes fazem com que o mercado funcione "de duas formas".

"Uma, em função das necessidades sentidas: há uma comunicação do diretor desportivo a informar que há uma necessidade de uma determinada posição, com determinadas características, e o jogador é apresentado e, depois, avaliado pelo departamento de scouting e pelas equipas técnicas. E uma segunda variante, que é o agente que vai propor ao clube um negócio de oportunidade", detalha.

João Milton Nunes esclarece como a oportunidade de um bom negócio para todas as partes - clube, jogador e a agência que o representa - começa a ser preparada logo que encerra a janela de transferências de verão: os scouts identificam os alvos entre setembro e dezembro.

"Cada vez mais, janeiro é um mercado de oportunidade, de conseguir contratar um jogador que está num excelente momento ou, porventura, dependendo, também, do contexto, os clubes conseguirem contratar um jogador que têm identificado como alvo, mas que não esteja a ser aposta no seu clube. É uma grande oportunidade de o conseguir, empréstimo com opção [de compra]. Vemos muito isso em janeiro", refere.

Ou seja, o mercado de inverno pode "dar uma nova vida a um jogador que as estruturas e as equipas técnicas acreditam que pode claramente voltar a ter um alto rendimento", assinala o analista e scout profissional.

Espanha: nicho de talentos cada vez mais apetecível em Portugal

Nesta entrevista a Bola Branca, João Milton Nunes aponta os jogadores espanhóis como alvo crescente dos clubes profissionais em Portugal.

O norte da Europa também tem adquirido uma importância crescente - veja-se Gyokeres, Hjulmand e Tengstedt -, apesar de a procura continuar a incidir sobre outros mercados bem conhecidos do futebol português:

"Temos visto casos de sucesso com o norte da Europa, caso de Suécia e Noruega. Também temos visto jogadores oriundos de Espanha com enorme sucesso em clubes portugueses e acredito que, cada vez mais, o mercado e o jogador espanhóis terão entrada no mercado português."

"Quando falamos de mercados-alvo, temos sempre de referir o mercado sul-americano: Colômbia, Argentina, Brasil. Temos imensos exemplos de jogadores com enorme qualidade oriundos desses países em todos os clubes das nossas I e II Ligas", acrescenta o scout e analista.

O mercado de janeiro abriu esta quarta-feira e encerra a 2 de fevereiro.

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