16 out, 2024 - 19:40 • Luís Aresta
É com a ambição de “tomba-gigantes” que o Lusitano de Évora, a militar no Campeonato de Portugal (quarto escalão do futebol nacional) encara a receção ao Estoril-Praia, este domingo, para a terceira eliminatória da Taça de Portugal. A avaliar pelas declarações à Renascença de Pedro Caldeira, presidente do emblema mais cotado do futebol alentejano, o primodivisionário Estoril, não deve contar com facilidades ma deslocação a Évora.
“Desde que sou presidente que digo a todos quantos passam pelo clube que a camisola do Lusitano, pelo histórico que carrega, tem de entrar sempre em campo com o objetivo da vitória. Não vamos participar na festa da passagem do Estoril. Queremos festa fora do terreno de jogo; lá dentro, queremos honra os pergaminhos do Lusitano, com a ambição que passa por conseguir eliminar o Estoril. A tarefa é muito difícil e complicada, mas estando ao nosso melhor nível e tendo um pouco de sorte, que também faz falta aqui e ali, penso que o Lusitano terá as suas probabilidades de vencer. O que prometemos a todos os sócios e adeptos do Lusitano é que equipa técnica, jogadores, toda a gente está a trabalhar arduamente, não para participar apenas neste jogo, mas para o vencer” declara Pedro Caldeira a Bola Branca.
O dirigente Lusitanista espera uma enchente no histórico Campo Estrela, que nos anos 1950/60 viveu tardes de glória quando o clube militava na 1ª divisão nacional.
“Esperamos que seja uma grande festa para a cidade de Évora. Penso que não são só os lusitanistas que estão entusiasmados com a receção que vamos fazer a uma equipa da 1ª Liga. Toda a cidade está a viver este jogo de forma intensa. Acredito que vamos ter o Campo Estrela cheio de adeptos do Lusitano e oxalá venha muita gente do Estoril para que se possa fazer a festa da Taça”, enfatiza.
Adeus, Campo Estrela. Olá, Academia LGC!
Há muito que se fala na saída do Lusitano Ginásio Clube do Campo Estrela. A pressão imobiliária aliada às necessidades financeiras do clube fundado vai fazer 113 anos (11.11.1911), ditou a procura de novo espaço. Em boa verdade, desde o Euro2004 em Portugal que o Lusitano anda entre o Estrela e a Silveirinha, a poente da cidade de Évora, onde a seleção nacional chegou a treinar para esse Europeu de má memória. Daí para cá o espaço tem sofrido pequenas alterações. A decisão está tomada. As velhas bancadas de granito do Campo Estrela ficarão na memória dos lusitanistas e adeptos do futebol em geral. O futuro do Lusitano passa pela Academia LGC e se possível com o Lusitano de Évora, na Liga 3, esclarece Pedro Caldeira.
“Estamos neste momento a construir as bancadas. Vamos ficar com uma lotação superior a 3 mil espetadores, para preenchermos os requisitos da Liga 3, que é a nossa grande ambição esta época. Até ao final da época a equipa sénior ainda continuará a jogar no Campo Estrela. Este jogo com o Estoril marca a época de despedida do Campo Estrela. Vai ser uma experiência boa para o clube, em termos de organização, com mais adeptos no estádio do que é normal. Embora o número de espetadores tenha vindo a crescer, este jogo, pelo simbolismo que tem, acredito que irá ultrapassar largamente a média de assistências em jogos do Campeonato de Portugal”, conclui.