18 mar, 2020 - 14:15 • João Fonseca
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A Ovarense antecipou-se no tempo e tomou várias medidas de prevenção, antes ainda de Ovar entrar em estado de calamidade, devido à pandemia do novo coronavírus.
Face a uma quarentena geográfica que isola Ovar do contacto com o resto do país, Bola Branca foi ao encontro do mais representativo clube da cidade, a Ovarense Basket. Surpreendidos pela medida, mas ciente da sua necessidade, dentro do clube cedo se percebeu que esta era uma situação inevitável para conter a propagação do vírus.
Mais, os dirigentes, explica Rui Palavra, presidente do emblema vareiro, a Bola Branca, anteciparam algumas medidas, como por exemplo, a saída do país dos norte-americanos, quatro da equipa masculina e uma da equipa feminina, até porque estes bem cedo "mostraram receio em estar isolados".
"Seria difícil manter alguém que não é português e que está isolado do seu país e da sua família", explica.
O dirigente desconhece qualquer caso relacionado com o novo coronavírus, seja em atletas ou funcionários, mas estará atento a qualquer sintoma "todos os dias e a toda a hora".
Rui Palavra reconhece que não é simples estar a passar por uma situação tão radical, mas "primeiro que tudo está a saúde pública".
No entanto, estes são tempos que deixarão grande impacto financeiro: "Quem conhece o basquetebol sabe que todas as épocas é preciso andar a contar os tostões e a saber onde investir dinheiro, portanto, isto vai ter repercussões económicas."
Rui Palavra revela que a Ovarense já fez uma proposta à Federação, para "sensibilizar quem de direito para abrir linhas de crédito", a exemplo do que foi feito com as pequenas e médias empresas.