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Delmino Pereira: “Atitude da Câmara de Viana do Castelo é desagradável”

22 jun, 2020 - 12:53

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo critica o anuncio da Câmara Viana do Castelo de abdicar da Volta a Portugal em bicicleta. Delmino Pereira espera que esta decisão não traga prejuízos à prova e garante que há condições para a realizar.

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O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, classifica de "desagradável" e "lamentável" a decisão da Câmara de Viana do Castelo de abdicar receber a chegada de uma etapa da edição deste ano da Volta a Portugal em bicicleta, garantindo que, apesar das dificuldades, tudo está a ser feito para a realização da prova nas datas previstas, de 29 de julho a 9 de agosto.

“Considero esta posição de desagradável. A Câmara Municipal podia-o fazer de muitas formas, não acho correto que se aproveite do prestígio da Volta a Portugal para lançar uma notícia do concelho de Viana do Castelo. A Volta realiza-se em todo o território nacional e não é um evento que se realize exclusivamente naquele concelho. É uma decisão lamentável e espero que não provoque danos a todo o evento. Apesar de todas as dificuldades que existem, acreditamos que é possível realizar a Volta a Portugal, protegendo a saúde de todos”, afirma Delmino Pereira, em entrevista a Bola Branca,

Delmino Pereira espera que não surjam outros municípios a seguir o exemplo de Viana da Castelo, lembrando que o plano de segurança sanitária da Volta já foi aprovado pela DGS.

“Pode acontecer que outros municípios sigam o exemplo de Viana, mas espero que isso não aconteça. Nós temos um plano que foi aprovado pela entidade que abriu os outros setores de atividade, e espero que não exista um peso e duas medidas. E é por isso que acho que Viana do Castelo tenha assumido o papel de protagonista num assunto que não lhe diz respeito, e não é correto este comportamento de tentar provocar um dano à Volta a Portugal”, lamenta.

Nestas declarações a Bola Branca, Delmino Pereira garante que foi elaborado um plano de saúde muito detalhado que já foi validado pela DGS para permitir que a Volta possa ir para a estrada.

“Apresentámos um plano médico-sanitário muito complexo e muito exigente para todos nós, onde foram acrescentadas mais um conjunto de normas impostas pela Direção Geral de Saúde. É um projeto que está alinhado com as melhores práticas que estão a acontecer na Volta a França, na Volta a Espanha e na Volta a Itália. Nós acreditamos que é possível realizar a Volta a Portugal com segurança para todos”, conclui.

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