16 jul, 2020 - 16:39 • Lusa
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O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, considera que a realização à porta fechada dos Jogos Tóquio 2020, adiados para 2021, "é, claramente, algo que não é desejado" pelo organismo.
Thomas Bach adiantou que "vários cenários" estão a ser ponderados, embora a segurança seja a preocupação principal dos organizadores de Tóquio 2020, reagendados para o período entre 23 de julho a 8 de agosto de 2021, devido à pandemia de covid-19.
"Uns Jogos Olímpicos sem público e com recintos vazios [algo muito comum no desporto hoje em dia] é, claramente, algo que não é desejado por nós", adiantou Thomas Bach, que falava numa videoconferência, em que fez o ponto de situação sobre Tóquio 2020.
Thomas Bach referiu que o COI e o comité organizador estão a trabalhar no sentido de que os Jogos Olímpicos, por um lado, salvaguardem a saúde de todos os participantes e, por outro, possam refletir condignamente o espírito olímpico.
O presidente do COI e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, advertiram ainda que será difícil adiar Tóquio2020 para além de 2021, naquele que seria um cenário de pesadelo, por serem os primeiros Jogos Olímpicos anulados em tempo de paz.
"A prioridade é a segurança de todos os participantes. É por isso que estamos a trabalhar em vários cenários para organizar os Jogos, dependendo da situação de saúde, que não sabemos como será dentro de um ano", disse Thomas Bach.
Na quarta-feira, Tóquio colocou-se em alerta vermelho - o nível mais elevado - no que toca à pandemia de covid-19, após o ressurgimento de casos na capital japonesa, de 14 milhões de habitantes, inseridos numa área que engloba 37 milhões.
O organismo olímpico aprovou também, na sequência da reunião de quarta-feira, a ampliação dos prazos de qualificação para Tóquio 2020, que terminará em 29 de junho, enquanto a data limite para a inscrição no torneio ficou agendada para 5 de julho.
O COI e o Comité Paralímpico Internacional anunciaram já hoje a realização de um festival de verão virtual, que permitirá aos adeptos que se inscrevam contactar com campeões olímpicos e receber tutoriais sobre, entre outros temas, preparação física e mental, superação e maternidade.
Naomi Osaka, Allyson Felix, Colin Jackson, Jonny Brownlee, Jackie Joyner-Kersee e membros da equipa olímpica de refugiados contam-se entre os participantes do festival, que decorrerá entre 25 e 29 de julho e que, em 22 de julho, abrirá as inscrições.