15 abr, 2021 - 14:23 • Lusa
O secretário-geral do partido do governo do Japão, Toshiro Nikai, afirmou, esta quinta-feira, que o cancelamento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 "é uma opção de último recurso", caso a situação pandémica no arquipélago continue a agravar-se.
“Teremos de cancelar [os Jogos] sem hesitação se não for mais possível organizá-los”, disse Toshihiro Nikai, o secretário-geral do Partido Liberal Democrático (PLD), do primeiro-ministro Yoshihide Suga, em entrevista ao canal de televisão TBS.José Manuel Constantino recebeu garantia do secret(...)
Questionado sobre a possibilidade de os Jogos serem cancelados, se as infeções por coronavírus continuarem a aumentar no Japão, Toshihiro Nikai respondeu que “seria inevitável tomar uma decisão de acordo com a situação que surgir” antes do início do evento.
“Se chegar a hora em que nada mais puder ser feito [em termos de medidas para conter o vírus], devem ser cancelados”, disse Toshihiro Nikai, defendendo que a realização do evento não poderá servir para a propagação da pandemia.
Tóquio 2020
Governadora de Tóquio destaca necessidade de “cont(...)
A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, interpretou os comentários de Toshihiro Nikai como “uma opção”, “nada mais”, e considerou-os como uma forte mensagem de incentivo para que os japoneses contenham o coronavírus por todos os meios.
Em reação à entrevista de Toshihiro Nikai à TBS, replicada pelos órgãos de comunicação locais, um responsável anónimo do PLD, citado pela agência de notícias japonesa Jiji Press, afirmou que os “Jogos não serão cancelados”.
José Manuel Constantino espera que as orientações (...)
Por sua vez, o ministro responsável pela campanha de vacinação, Taro Kono, citado pelo jornal Asahi, levantou a possibilidade de proibir totalmente o acesso de espetadores aos Jogos, que já só era permitido para japoneses e residentes no arquipélago.
A 99 dias da abertura dos Jogos, e tendo em conta os números de quarta-feira, o Japão ultrapassou, pela primeira vez, as 4 mil infeções diárias desde o final de janeiro. Evolução que os médicos do país começaram a qualificar como quarta vaga.