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Ciclismo

João Almeida perde quinto lugar do Giro por 53 milésimos. Bernal conquista camisola rosa

30 mai, 2021 - 16:15 • Redação com Lusa

Português subiu dois lugares na classificação geral durante o contrarrelógio final da Volta a Itália em bicicleta.

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Português João Almeida termina a Volta a Itália em bicicleta no sexto lugar da classificação geral. O vencedor é Egan Bernal.

No contrarrelógio final, o jovem luso fez o quinto tempo, com 34.15, contra 33.48 de Filippo Ganna.

Neste último dia, Almeida ultrapassou Hugh Carthy e Romain Bardet, mas falhou o top 5, de Daniel Martínez, por 0.053 segundos.

Depois de ter sido quarto no Giro do ano passado, o jovem ciclista luso confirmou que tem capacidade para lutar pelos lugares cimeiros das grandes Voltas.

O homem da Deceuninck-QuickStep teve um dia mau, onde perdeu mais de 4 minutos, e esteve alguns dias a perder tempo no apoio a Remco Evenpoel, especialmente na primeira semana, o que deixou João Almeida em 42.º lugar. Na segunda semana subiu a 14.º e na terceira semana, com várias etapas de alta montanha, foi sempre subindo até ao 6.º lugar final.

Bernal, de 24 anos, da INEOS, junta o Giro à vitória na Volta a França de 2019, após ter conseguido também dois triunfos em etapa nesta 104.ª edição. O italiano Damiano Caruso (Bahrain-Victorious) acabou em segundo, a 1.29 minutos, enquanto o britânico Simon Yates (BikeExchange) fechou o pódio, a 4.15.

Palmarés

João Almeida cimenta o seu lugar na lista restrita de ciclistas portugueses que terminaram uma das grandes Voltas no 'top 10', destacando-se no terceiro posto ao ser sexto na geral final da Volta a Itália.

Num palmarés em que os feitos de Joaquim Agostinho permanecem inalcançáveis, já que esteve 11 vezes entre os 10 melhores, o jovem da Deceuninck-QuickStep, de 22 anos, conseguiu um sexto lugar (a centésimos de segundo do quinto) para suceder a si próprio no Giro de 2020, em que escreveu a mais bonita página do ciclismo português na 'corsa rosa' com o quarto lugar, depois de 15 dias como líder da geral.

Em 2020, mais do que melhorar o registo de José Azevedo, que em 2001, no papel de gregário de luxo do espanhol Abraham Olano, foi quinto - o mesmo lugar que alcançou no Tour em 2004 -, o miúdo de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fez Portugal sonhar com um inédito triunfo numas das grandes Voltas, uma façanha que este ano sempre pareceu estar mais distante.

A cumprir a sua segunda temporada entre a elite, e logo na melhor formação mundial, que vai deixar no final do ano, João Almeida pode ambicionar chegar a um patamar onde só está Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de todos os tempos.

Foram 11 as presenças do corredor de Torres Vedras, que morreu em 1984 na sequência de uma queda na Volta ao Algarve, entre os 10 primeiros em grandes Voltas, com os terceiros lugares no Tour (1978 e 1979) a permanecerem como os feitos mais extraordinários do ciclismo nacional.

Embora no seu palmarés figure o estatuto de vice-campeão da Vuelta em 1974, são as prestações de Joaquim Agostinho na Volta a França, onde também foi quinto (1971 e 1980), sexto (1974) e oitavo (1969, 1972 e 1973), que perduram no imaginário coletivo.

No segundo posto da tabela está José Azevedo, que, além do quinto lugar do Giro de 2001, ainda tem dois 'top 10' em provas órfãs de vencedor: sexto no Tour de 2002 e quinto em 2004, também em França, em duas vitórias tiradas ao norte-americano Lance Armstrong.

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  • Ivo Pestana
    30 mai, 2021 Funchal 19:03
    Parabéns João, quinto ou sexto não é importante. O mais importante é ficar entre os melhores nestas grandes corridas e tu consegues. Força e coragem, um dia serás primeiro.

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